Escrito por: Redação CUT
Ministro do Supremo acolheu pedido de habeas corpus da defesa do ex-presidente e determinou que corpo fosse levado a uma unidade militar, onde Lula poderia velar o irmão. Vavá foi enterrado antes
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, concedeu habeas corpus para que o ex-presidente Lula deixe a sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde é mantido como preso político desde abril do ano passado, para ir ao velório do irmão mais velho, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que morreu nesta terça, 29, vítima de câncer. Quando a decisão saiu, no entanto, Vavá já havia sido enterrado.
Toffoli havia determinado que o corpo de Vavá fosse levado a uma unidade militar na região de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, no fim do velório. No local, Lula também poderia se encontrar com seus familiares. Não se sabe se está mantida a segunda parte da decisão. Afinal, a Polícia Federal, subordinada ao ex-juiz Sérgio Moro, perseguidor de Lula, alegou falta de helicóptero e de agentes para fazer a segurança.
O pedido de liberação de Lula foi protocolado pelos advogados do ex-presidente no STF dentro de uma Reclamação que tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski. No entanto, como a Corte volta do recesso apenas na próxima sexta-feira (1º), a decisão ficou a cargo do ministro Dias Toffoli, que responde pelos processos neste período.
Na petição ao Supremo, a defesa apelou pelo ‘direito humanitário’ do petista de dar ‘o último adeus’ ao irmão.
Os advogados de Lula entraram com uma ação no STF, na madrugada desta quarta-feira (30), pedindo que o ex-presidente seja liberado para comparecer nesta tarde ao enterro de seu irmão, depois que o pedido foi negado pela Justiça do Paraná.
As negativas da Justiça foram recebidas com indignação por milhares de brasileiros que foras as redes sociais protestar contra a prisão política de Lula. #LulaPresoPolítico é o assunto mais comentados do Twitter desde o inicio da manha desta quarta.