Escrito por: Andre Accarini
Sérgio Nobre convocou a classe trabalhadora à ocupar as ruas no dia 2 de outubro e fazer ‘uma manifestação gigantesca’ contra o governo de Bolsonaro
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, reforçou nesta quinta-feira (30) a convocação de todos os brasileiros e brasileiras para os protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) neste sábado (2). De acordo com o dirigente, a principal tarefa de todos e todas neste dia é lotar as ruas de todas as capitais e cidades do país com a bandeira do #ForaBolsonaro.
Atos já estão confirmados em mais de 207 cidades tanto do Brasil como do exterior.
“Este sábado é dia de luta”, conclama Sérgio Nobre em um vídeo publicado nas redes sociais, onde fala sobre o caos no país, provocado pela incompetência do governo cuja conduta é de negacionismo, negligência e de políticas econômicas que beneficiam apenas as elites do país, em detrimento dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras.
“Cada dia que Bolsonaro permanece no governo é mais miséria, mais desemprego e mais morte. E não há tarefa mais importante para nós trabalhadores do que por fim a esse governo genocida e que extermina o futuro e os sonhos da classe trabalhadora brasileira”, afirma o presidente da CUT
O povo brasileiro não quer Bolsonaro e merece ter um governo à altura da classe trabalhadora brasileira e de seus anseios- Sérgio Nobre
Por isso, prossegue dirigente, todas as entidades que representam os trabalhadores – centrais sindicais, confederações, federações e sindicatos - devem mobilizar suas bases a participar dos atos.
Sérgio afirma que a manifestação deve ser gigantesca para mostrar ao país e ao mundo que o povo brasileiro não quer Bolsonaro.
Os motivos para exigir o impeachment de Bolsonaro nas ruas são inúmeros. O Brasil hoje passa por uma das maiores crises da história tanto nas áreas econômica e social, quanto política e sanitária. E grande parte das razões dessas crises são as ações (e falta delas) do presidente.
O país tem cerca de 600 mil mortos por Covid-19 por causa da negligência de Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. Durante todo esse período, o presidente desdenhou da doença, da vacina e fez propaganda de medicamentos comprovadamente ineficazes para o tratamento da doença. Além disso, seu governo está sendo investigado por envolvimento em irregularidades na compra de vacinas contra a Covid-19.
A inércia de Bolsonaro permite que a política de preços da Petrobras continue sendo a de acompanhar os preços do petróleo internacional e do dólar, o que contribui para a disparada da inflação e preços exorbitantes dos combustíveis.
Aliado aos preços altos, a alta taxa de desemprego e a renda baixa de trabalhadores informais e por conta-própria, derruba o poder de compra das famílias brasileiras.
“O povo está sentindo na carne o desemprego recorde, o desalento, a carestia, a fome, a inflação que voltou à casa dos dois dígitos, o PIB inexpressivo, o fechamento de empresas, o descrédito e a desconfiança internacional, além do recorde de casos e mortes na pandemia”, diz Sérgio Nobre.
Entre os vários fatores que tornam urgente o impeachment de Bolsonaro estão:
Edição: Marize Muniz