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Taxa de desemprego cai a 6,9% no 2º trimestre, a menor para o período em 10 anos

Pesquisa do IBGE mostra que, no trimestre encerrado em junho, quase 102 milhões de pessoas estão trabalhando. Para secretário de Relações de Trabalho da CUT, políticas públicas são responsáveis pelo desempenho

Publicado: 31 Julho, 2024 - 15h10 | Última modificação: 31 Julho, 2024 - 15h49

Escrito por: Luiz R Cabral | Editado por: Rosely Rocha

Marcelo Casall - Agência Brasil
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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua),do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quarta-feira (31), mostra que 1,6 milhão de pessoas voltaram a trabalhar no 2º trimestre deste ano, que se encerrou em junho de 2024. O índice atingiu 6,9%, o menor dos últimos 10 anos e também de toda a série histórica coletada desde 2012 para o período.

No acumulado do ano, o número de pessoas trabalhando chega a 2,9 milhões, Já a população total ocupada atingiu 101,8 milhões, maior valor já apurado pela série desde 2012.

O setor privado registrou o recorde de empregados, totalizando 52,2 milhões. Também houve três atividades com alta na ocupação de cargos: o comércio, a administração pública e as atividades de informação e comunicação.

Por outro lado, a população desocupada (7,5 milhões) recuou nas duas comparações: -12,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e -12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

Para o secretário de Relações de Trabalho, Sergio Ricardo Antiqueira, “essa é mais uma notícia boa no campo econômico, após um ano e meio de Governo Lula.

“Os dados demonstram, ao contrário das pregações dos apóstolos da Faria Lima [região do mercado financeiro em São Paulo], que é justamente quando o Estado interfere, promovendo ações sociais que colocam o pobre no orçamento, que o país cresce. Como diz o presidente Lula, a economia começa a entrar em um círculo virtuoso”, diz o dirigente

Outros dados da PNAD

Carteira assinada e trabalho informal

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,380 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 1,0% (mais 397 mil pessoas) no trimestre e de 4,4% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano.

O número de empregados sem carteira no setor privado (13,797 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 3,1% (mais 410 mil pessoas) no trimestre e de 5,2% (mais 688 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,6% da população ocupada (ou 39,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9 % no trimestre encerrado em março e 39,2 % no mesmo trimestre de 2023.

Os desalentados

A população desalentada, aquela que desistiu de procurar emprego, recuou para 3,3 milhões no trimestre computado. O menor contingente no período desde 2016. Houve uma queda de 9,6% no trimestre e de 11,5% no ano.

Salários

No trimestre encerrado em junho, o rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 3.214. Com o aumento de trabalhadores na ativa, o volume de rendimentos atingiu R$ 322,6 bilhões, marcando um novo recorde.

Pesquisa

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no Brasil e pode ser consultada no Sidra.  Ela abrange 211 mil domicílios por trimestre, com cerca de dois mil entrevistadores em 26 estados e no Distrito Federal.