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Taxa de desemprego do trimestre encerrado em fevereiro é a menor desde 2015

A taxa de informalidade (38,9%) continuou alta, apesar de estável, e atingiu 38,2 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em fevereiro

Publicado: 31 Março, 2023 - 16h15 | Última modificação: 31 Março, 2023 - 16h19

Escrito por: Redação CUT

Rovena Rosa/Agência Brasil
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Apesar do aumento de 0,5 ponto percentual, a  taxa de desemprego do trimestre encerrado em fevereiro, de 8,6%, é a menor para o período desde 2015 (7,5%), e atingiu 9,2 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 483 mil trabalhadores à procura de recolocação no mercado de trabalho. 

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“No trimestre encerrado em fevereiro, esse aumento da desocupação ocorreu após seis trimestres de quedas significativas seguidas, que foram muito influenciadas pela recuperação do trabalho no pós-pandemia. Voltar a ter crescimento da desocupação nesse período pode sinalizar o retorno à sazonalidade característica do mercado de trabalho”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

“Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, complementa.

Ocupados somam 98 milhões

De acordo com a Pnad Contínua, o total de ocupados agora chega a 98,122 milhões – 1,6% a menos no trimestre e 3% a mais em 12 meses. Já a população fora da força de trabalho (estimada em 66,754 milhões) cresceu 2,3% e 2,2%, respectivamente.

O total de empregados com carteira assinada no setor privado chega a 36,812 milhões. Número estável no trimestre e 6,4% maior em relação a igual período de 2022.

O número de empregados sem carteira (12,960 milhões) cai 2,6% em três meses e cresce 5,5% em 12.

O número de trabalhadores por conta própria (25,197 milhões) caiu 1,2% no trimestre e está estável na comparação anual.

O número de trabalhadores domésticos (5,778 milhões de pessoas) está estável.

Já o número de empregados no setor público (estimados em 11,738 milhões) caiu 4,3% ante novembro e sobem 3,5% em 12 meses.

A taxa de informalidade (38,9% dos ocupados) atingiu 38,2 milhões de trabalhadores e foi a mesma do trimestre anterior, um pouco menor em relação a 2022 (40,2%).