Escrito por: Redação CUT
Especialistas dizem que é preciso acompanhar a taxa por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do vírus
Após semanas em queda, a taxa de transmissão (Rt) do novo coronavírus subiu acima de 1 no Brasil, o que indica que o vírus está sem controle, apesar do avanço da vacinação no país.
Segundo levantamento do Imperial College de Londres, divulgado nesta terça-feira (21), a taxa de transmissão subiu para 1,03, o maior índice acima de 1 desde 22 de junho deste ano. Isso significa que cada pessoa infectada trasmite a doença para outras 103.
Em 22 de junho, o Brasil registrou uma taxa de 1,13. Desde então, vinha apresentando taxas menores que 1. Na última terça-feira (14), o Brasil havia registrado a menor taxa de transmissão da Covid-19 do ano, quando o indicador chegou a 0,81. Na semana anterior estava em 0,92.
A taxa de transmissão é uma das principais referências usadas por especialistas para acompanhar a evolução da pandemia. Especialistas costumam alertar que é preciso acompanhar a taxa por um período prolongado de tempo para avaliar cenários e tendências, levando em conta o atraso nas notificações e o período de incubação do vírus.
Apesar de mais da metade da população do país ter completado o ciclo vacinal contra a doença, especialistas têm apontado que a situação da pandemia ainda exige muito cuidado.
Segundo o levantamento da universidade britânica, o mundo registrou, até a última segunda-feira, mais de 228 milhões de casos de Covid-19, e mais de 4,69 milhões de óbitos. As maiores taxas de transmissão da semana estimadas pelo Imperial College foram na Romênia (Rt 1,78), Ucrânia (Rt 1,37) e Sérvia (Rt 1,35).
Nos países da América do Sul, os maiores índices foram identificados na Argentina (Rt 1,05), Venezuela (Rt 1,01) e Brasil (Rt 1,03).
Mortes e casos no Brasil
Nesta terça-feira (21), em 24 horas, o Brasil registrou 484 novas mortes pela Covid-19, totalizando 591.518 vidas perdidas. O número de casos confirmados foi de 12.582, totalizando 21.246.954 casos da doença, de acordo com o consórcio de imprensa.
A média semanal de vítimas, que elimina distorções entre dias úteis e fim de semana, ficou em 524, abaixo dos 557 registrados na véspera e há oito dias consecutivos acima de 500.