Escrito por: Redação CUT

Tec Toy demite mais de 200 metalúrgicos por falta de componentes eletrônicos

Sindicato acionou Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de SP porque a empresa se nega a negociar e eles querem  buscar alternativas para reduzir o máximo possível os prejuízos para os trabalhadores

Reprodução
Unidade da TecToy em Cotia

 

A Tec Toy demitu mais de 200 metalúrgicos da fábrica de Cotia, em São Paulo, alegando falta de componentes eletrônicos, segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, que já acionou o Ministério do Trabalho.

A decisão foi tomada sem qualquer negociação com o Sindicato que vai lutar para não deixar os metalúrgicos “à própria sorte. Alguns deles, inclusive, têm estabilidade”, diz nota publicada na página da entidade.

“A empresa se nega a negociar. Queremos buscar alternativas para reduzir o máximo possível os prejuízos para os trabalhadores. Para isso, já acionamos a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo”, explica o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan, na nota.

“Apesar de o problema ser ocasionado por uma questão externa, expõe a fragilidade de a produção local depender da importação, e a urgência do Brasil fortalecer a indústria nacional”, diz trecho da nota sobre o alegado motivo das demissões.

E o governo de Jair Bolsonaro (PL) ajudar a aumentar a dependência da indústria nacional por produtos importados. É dele a decisão de mandar fechar o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), fábrica de semicondutores criada durante o governo do ex-presidente Lula. O Tribunal de Contas da União (TCU), suspendeu a liquidação do Ceitec porque encontrou fragilidades no processo, mas o governo insistiu e lançou um edital para escolher a empresa para gerir o espólio do centro.

Por falta de semicondutores várias montadoras já deram férias coletivas aos seus trabalhadores. Esta semana, a Volkswagen anunciou a quinta parada por falta dos chips. 

O que diz a Tec Toy

Nesta quarta-feira (4), a Tec Toy confirmou, em nota enviada à imprensa, que encerraria suas atividades na unidade paulista, que funcionava há cerca de dois anos, mantendo apenas a produção na unidade de Manaus.