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Técnicos e auxiliares de enfermagem foram os mais afetados pela Covid-19

Esses os profissionais da saúde, os técnicos e auxiliares de enfermagem representaram 36,3% (44.722) do total de casos positivos de Covid-19

Publicado: 11 Janeiro, 2022 - 09h09 | Última modificação: 11 Janeiro, 2022 - 09h16

Escrito por: SindSaúde-SP

SINDSAÚDE-SP
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Levantamento da subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no SindSaúde-SP mostra que os técnicos e auxiliares de enfermagem foram os mais infectados pelo coronavírus desde o início da pandemia. Esses profissionais representaram 36,3% (44.722) do total de casos positivos de Covid-19 entre profissionais de saúde.

Em segundo lugar estão as enfermeiras e enfermeiros, que representaram 15,4% (18.930) dos casos positivos; na sequência estão médicos e médicas, com 10,3% (12.710) do total de positivado.

No total, pelo menos 123.087 profissionais de saúde no estado de São Paulo foram contaminados pelo coronavírus. Contudo, o SindSaúde-SP avalia que esse número pode ser muito maior, tendo em vista a alta de taxa de subnotificação, pois não houve uma política de testagem periódica.

“Nos primeiros meses de pandemia, não havia testes e, quando eles chegaram, não foram suficientes para fazer uma avaliação em massa. Sabemos que existem casos assintomáticos, então, esse número de contaminados pode ser muito maior, sem sombra de dúvidas”, avaliou a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro.

O apontamento do Dieese teve como base os dados abertos do governo do Estado de São Paulo, desde 2020 a 3 de janeiro de 2022, em relação aos trabalhadores da saúde do serviço público (estadual e dos municípios) e do setor privado.  

Internações e óbitos

Em relação ao número de internações e óbitos entre profissionais da saúde, a subseção do Dieese utilizou os dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, o SIVEP-Gripe, de janeiro a 6 de dezembro de 2021.

Os números apontavam que, no estado de São Paulo, houve 491 casos de Covid-19, que evoluíram para uma Síndrome Respiratória Grave Aguda (SRAG) e necessitaram de internação. Desse total, 160 foram a óbito. Em 2020, esse número havia sido de 587 internações e 134 óbitos no estado por Covid-19.

Além da subnotificação por falta de testagem, é preciso alertar para o fato de que a identificação da ocupação do paciente ao ser internado nem sempre é feita e, por isso, a dimensão dos trabalhadores da saúde afetados pela Covid-19 tende a ser ainda maior.

Durante todo período de pandemia, o SindSaúde-SP lutou e continua lutando para que as trabalhadoras e os trabalhadores tenham seus direitos garantidos, entre eles, até mesmo ao acesso a Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para se protegerem da Covid-19.