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Técnicos Industriais do CFT entram em greve contra assédios

A mobilização é uma resposta às denúncias de assédios sexual e moral ocorridos no Conselho

Publicado: 10 Julho, 2024 - 14h44

Escrito por: Leandro Gomes/CUT-DF

CUT-DF
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Os servidores do Conselho Federal de Técnicos Industriais (CFT) deflagraram greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (10). A deliberação foi aprovada por unanimidade em assembleia realizada na última sexta (5).

A mobilização é uma resposta às denúncias de assédios sexual e moral praticados pelo presidente da entidade, Solomar Rockembach. A categoria denunciou também uma série de problemas no Conselho, como a ausência de negociação coletiva e o descumprimento dos contratos de trabalho.

A paralisação será realizada de duas formas. Na primeira semana, de quarta a sexta, a greve será integral. Já a partir de segunda-feira da semana seguinte, os trabalhadores ficarão em regime home office.

Basta de assédio

Nos últimos dias, vieram a público os casos de assédios no CFT envolvendo Solomar. Segundo as investigações, os episódios incluem falas de cunho sexual, piadas com ameaças de demissão e até mesmo aproximação física. Testemunhas ainda afirmam que o presidente tinha o costume de chamar funcionárias para sala e trancar a porta.

Após as acusações, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendou, em 21 de maio, o afastamento imediato de Solomar e a criação de instância interna e imparcial para a apresentação de denúncias, ameaças, retaliações, misoginia e quaisquer tipos de assédio ou discriminação. O prazo para o cumprimento das medidas era de 10 dias. No entanto, até o momento, o presidente continua no cargo.

Diante da inércia do Conselho e do ambiente de trabalho hostil, os servidores deflagraram greve e só retornarão aos postos de trabalho após uma resposta incisiva do órgão. Além disso, a categoria exige agilidade no processo.

“Diante dos casos de assédio ocorridos no CFT e divulgados pela imprensa, e CUT-DF e o Sindecof-DF convocaram assembleia para deflagrar greve em função do ambiente hostil, que adoece e maltrata os trabalhadores e as trabalhadores, que já estão fragilizados nesse momento tão difícil”, disse o presidente do Sindecof ­─ sindicato que representa a categoria ─ e secretário-geral da CUT-DF, Douglas Almeida. 

 
 
 
 
 
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