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Temer anuncia repressão contra paralisação de caminhoneiros

O ilegitimo afirmou que governo atendeu pedidos de motoristas, mas "minoria radical" impede liberação de estradas. Fala em utilizar "forças federais" e diz a governadores para fazer o mesmo

Publicado: 25 Maio, 2018 - 17h53

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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O ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB) anunciou nesta sexta-feira (25) que vai empregar as Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e Polícia Militar dos estados para liberar as estradas do país, bloqueadas há cinco dias pela paralisação dos caminhoneiros, que protestam contra a alta no preço do diesel.

Imediatamente, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, disse que as Forças Armadas atuarão de maneira "rápida" e "enérgica" para liberar as rodovias bloqueadas por caminhoneiros pelo país.

Já a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) divulgou uma nota pedindo que os caminhoneiros desinterditem as rodovias. Na nota, a direção da entidade diz que a orientação é para garantir a segurança dos caminhoneiros e afirma que a mobilização deve ser mantida de forma pacífica. 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, é inaceitável que o governo recorra à violência, ameaçando utilizar o exército para reprimir um movimento que tem reivindicações justas e que dialogam com as necessidades da população.

“Essa situação só chegou a esse ponto por conta da incompetência do governo em negociar seriamente com os manifestantes quando enviaram a pauta de reivindicações.”

Depois da negociação frustrada desta quinta-feira (24), Temer fez um pronunciamento dizendo que atendeu as cerca de 12 reivindicações dos caminhoneiros, e que estes se comprometeram a encerrar a paralisação, mas, segundo ele, "uma minoria radical" vem impedindo a liberação das estradas.

"Esse foi o compromisso conjunto. Esse deveria ter sido o resultado do diálogo. Os caminhoneiros, alias, estão fazendo sua parte, mas, infelizmente, uma minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem adiante seu desejo de atender a população e fazer o seu trabalho", disse o presidente.

Ele anunciou que vai "implantar" um plano de segurança para "superar os graves efeitos do desabastecimento", causado pela paralisação. "Acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas. E estou solicitando aos governadores que façam o mesmo."

"Quem bloqueia estradas, quem age de maneira radical, está prejudicando a população, e saliento, será responsabilizado. O acordo está assinado, e cumpri-lo é a melhor alternativa. O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel. O governo teve, como tem sempre, a coragem de dialogar. Agora, terá a coragem de exercer a sua autoridade em defesa do povo brasileiro", declarou.

A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a paralisação dos motoristas seja considerada ilegal, e também pede autorização do uso de forças policiais para liberar as estradas.