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Temer usa Caged e ‘pibinho’ para passar falsa sensação de melhora da economia

“A verdade é que saímos de uma situação de pleno emprego no governo Dilma, com 4,30%, para uma taxa de desemprego de 12,7% com Temer. São mais de 12 milhões de desempregados", avalia o presidente da CUT

Publicado: 02 Março, 2018 - 13h09 | Última modificação: 02 Março, 2018 - 17h54

Escrito por: Redação CUT

Reprodução Brasil de Fato
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Em janeiro, depois de três anos seguidos com as demissões superando as contratações, os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho) divulgados nesta sexta-feira (2) mostraram que foram criados cerca de 77,8 mil novas vagas de trabalho. 

O Caged, que só divulgava vagas formais, com direitos trabalhistas garantidos, agora apresenta também vagas de trabalho com contrato intermitente. Esses são os postos de trabalho que mais crescem no país desde que a reforma Trabalhista do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) legalizou as formas precárias de contratação, como diz o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Foram gerados, em janeiro, 2,8 mil novos postos de trabalho intermitentes. São vagas no comércio, serviços e construção civil, justamente os setores que têm liderado o uso das novas modalidades precárias de contratação de trabalhadores e trabalhadoras. Muitos são serventes da construção civil ou embaladores. Há também garçons, pedreiros e vendedores do comércio.

Outras 4,9 mil vagas são de trabalho parcial. As ocupações mais demandadas nesse formato de contratação foram assistente administrativo, auxiliar de escritório, atendente de agência e professor de nível superior do ensino fundamental.

Segundo Vagner, o governo usa os números do Caged assim como o ‘pibinho’ de 2017, que cresceu apenas 1% depois de dois resultados negativos (-3,5), para passar uma falsa sensação de que a economia começa a melhorar depois de um longo período de recessão.

“É mais uma mentira dos golpistas”, contesta Vagner Freitas, que completa: “a verdade é que saímos de uma situação de pleno emprego no governo Dilma, com 4,30%, para uma taxa de desemprego de 12,7% com Temer. São mais de 12 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, pais e chefes de família desempregados, sem contar os que desistiram de procurar, como mostrou o IBGE esta semana”.

“Este governo golpista congelou salários, ampliou o arrocho, aprovou uma criminosa reforma Trabalhista, que apenas retira direitos, e agora quer comemorar resultados pífios”, concluiu o presidente da CUT.

Números da pesquisa
O setor da indústria de transformação apresentou acréscimo de apenas 0,69% (49.500 postos) se comparado com o mês anterior. Na indústria de calçados foram gerados 11.138 postos, seguida pela indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (8.271 postos), e pela indústria metalúrgica (5.561 vagas).

Em janeiro, no setor de serviços, foram acrescidas 46.544 vagas, apenas 0,28% a mais do que em dezembro. 

O setor da agropecuária, que costuma ter admissões nesse período de safra, registrou contratação líquida de 15,6 mil. Boa parte das vagas foi gerada no cultivo de soja. 

Nas regiões
Entre os estados, 14 registraram variação positiva no saldo de empregos e 13 variação negativa. Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo (+20.278 empregos), Rio Grande do Sul (+17.769), Santa Catarina (+17.348), Paraná (11.637) e Mato Grosso (+10.269).

Os menores saldos de emprego ocorreram no Rio de Janeiro (-9.830 empregos), Pernambuco (-4.837), Pará (-4.081), Paraíba (-3.255) e Alagoas (-2.189).

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