Terceirização não é modernização, é trabalho precário
Impactos da terceirização desmentem argumentos dos ministros do STF que estão votando a favor da ampliação desta forma de intermediação de mão de obra alegando que “não há como conter a modernização”
Publicado: 28 Agosto, 2018 - 16h40
Escrito por: Redação CUT
Nesta quarta-feira (29), o Supremo Tribunal Federal (STF) encerrará o julgamento sobre a constitucionalidade da terceirização irrestrita. Até agora, argumentação dos ministros que votaram a favor é a de que não há como conter a modernização das relações de trabalho e deixar de gerar empregos com leis antigas.
Quando o julgamento foi interrompido na última quinta-feira (23), o placar era de 4 a 3 a favor da ampliação da terceirização para as atividades fim das empresas. Já haviam votado a favor os ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli. Votaram contra, até agora, os ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.
Em artigo publicado, nesta terça-feira, no Jornal GGN, a técnica da Subseção do Dieese da CUT, Adriana Marcolino, desmente os argumentos dos ministros do Supremo.
Segundo ela, “os manuais de administração que ‘ensinam’ como aplicar a terceirização destacam os ganhos de produtividade e qualidade e passam uma visão idealizada (ou de classe?) desse processo, bem distinta do processo real”.
“Na prática”, diz Adriana, “os ganhos advindos com a terceirização são decorrentes da redução do custo do trabalho com a piora generalizada das condições, das relações de trabalho e da vida dos trabalhadores”.
Confira a integra do artigo aqui.