Escrito por: CUT - RS
A paralisação dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados da Parada de Manutenção da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegree, entrou nesta terça-feira (31) em seu segundo dia. O movimento foi deflagrado nesta segunda-feira (30).
Pela manhã, foi realizada uma assembleia geral em uma das entradas da empresa, onde foi reafirmada a pauta coletiva organizada a partir das reivindicações trazidas pelas lideranças de cada prestadora de serviço.
De forma geral, trabalhadores contratados pelas empresas Estrutural, Estel, Engevale, Manserv, Contratec e Darcy Pacheco exigem melhores salários, benefícios e condições adequadas para o trabalho.
Segundo os relatos dos terceirizados, as diferenças salariais podem atingir até R$ 1.500,00 se comparadas com o mesmo trabalho em outras refinarias do país. “Eu estou cansado de ter que ir pra São Paulo ou outros lugares do Brasil para conseguir um bom salário e fazer o mesmo trabalho que faço aqui”, afirmou um dos participantes da mobilização.
A insatisfação geral também tem relação com o custo de vida da Região Sul que, segundo os trabalhadores, não condiz com o que é oferecido pelas empresas. “O valor da cesta básica é um absurdo, não se compra nada aqui e o aluguel é fora do comum”, relatou outro participante.
Na pauta de reivindicações também foi incluída a pedida de que não ocorram descontos pelos dias paralisados e que a comissão organizada para as negociações tenha estabilidade, como forma de evitar represálias e demissões.
Mediação no TRT4
Ainda pela manhã, uma reunião entre os sindicalistas, a comissão dos trabalhadores e as empresas ocorreu na sede dos metalúrgicos de Porto Alegre. À tarde, às 16h, uma audiência de mediação será realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4).
Além do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita (STIMMMEC), também participa das negociações o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC).
A assembleia e a organização da pauta de reivindicações têm apoio do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS), do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA) e do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Canoas (Sintrocan).