Escrito por: CUT-RS e Rita Garrido – STIMMMEC
Trabalhadores de empresas terceirizadas contratadas pela refinaria reivindicam melhorias nos benefícios e salários para quem trabalha na Parada de Manutenção
Por unanimidade, os terceirizados da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), rejeitaram na manhã desta sexta-feira (3) a proposta apresentada pelas empresas na segunda rodada de mediação, realizada nesta quinta (2) no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), na capital gaúcha.
A assembleia geral contou com a participação massiva de trabalhadores e trabalhadoras das empresas Estrutural, Estel, Engevale, Manserv e Darcy Pacheco, que paralisaram na segunda e terça-feira, dias 30 e 31, reivindicando melhorias nos benefícios e salários para quem trabalha na Parada de Manutenção da Refap.
A coordenação da assembleia foi feita pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita (STIMMMEC), Paulo Chitolina.
Proposta insuficiente
Apesar do avanço na abrangência de alguns benefícios, a conquista parcial das reivindicações, e em alguns pontos abaixo do que foi proposto, motivou a rejeição de um acordo.
Na quarta-feira (1º), a assembleia geral havia deliberado pela suspensão da greve, condição imposta na primeira mediação do Tribunal, para que fossem abertas as negociações.
Durante a segunda rodada de mediação, os sindicatos de representação dos trabalhadores, suas assessorias jurídicas, bem como a comissão instituída pelos terceirizados, estiveram reunidos com os representantes das empresas durante quase cinco horas no TRT4 para construir uma proposta.
A tratativa foi mediada pelo desembargador Ricardo Martins Costa, vice-presidente do Tribunal, e pela procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT-RS), Silvana Martins.
Com a rejeição da proposta na assembleia desta sexta, os trabalhadores e as trabalhadoras retomaram a greve e permanecem de braços cruzados em frente à Refap.
Para o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Paulo Farias, que participou da assembleia, “a mobilização dos terceirizados da Refap, com organização sindical, mostra que esse é o caminho da luta para conquistar direitos e melhorar a renda e as condições de trabalho”.