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TJ-SP suspende leilão. CCR e Grupo Ruas ganham concessão

Sindicato dos Metroviários de SP denunciou que o edital beneficiaria justamente a CCR

Publicado: 19 Janeiro, 2018 - 13h21 | Última modificação: 03 Março, 2018 - 09h37

Escrito por: Redação CUT

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Depois de duas decisões judiciais, dadas durante a greve de 24 horas dos Metroviários de São Paulo realizada nesta quinta-feira (18), uma contra e outra a favor do leilão das linhas 5 de metrô e 17 de monotrilho, o ConsorcioViaMobilidade ganhou o leilão e vai assumir as duas linhas que estão em construção na zona Sul da capital.

Durante a tarde, o juiz Adriano Marcos Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital do TJ -Tribunal de Justiça, atendeu ação do PSOL e da Fenametro (Federação dos Metroviários) para suspender o leilão. Mas, à noite, o presidente do TJ, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, acatou pedido de suspensão de liminar feito pelo Governo do Estado de São Paulo e pela Companhia do Metropolitano, e reestabeleceu a realização do leilão.

A privatização foi um dos principais motivos da greve dos metroviários, que parou parcialmente as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás de metrô e, totalmente, as duas estações do monotrilho da linha 15-Prata. A greve foi também contra demissões, terceirizações e reajuste de passagens.

O Sindicato dos Metroviários denunciou à imprensa e em ações judiciais que o edital beneficiaria o Grupo CCR, que negou direcionamento, mas acabou ganhando o leilão, como previsto pelos sindicalistas.

O contrato de concessão é de 20 anos e deve render neste período, entre receitas tarifárias e não tarifárias, R$ 10,8 bilhões, segundo o governo do estado. A exigência de investimentos é em torno de R$ 3 bilhões, entre trens, equipamentos e modernizações de estações, por exemplo. Já as obras de expansão da linha 5 Lilás e de construção da linha 17 Ouro continuam sendo tocadas com recursos públicos.

Na manhã desta sexta-feira, 19, o Sindicato dos Metroviários e diversas entidades contrárias à privatização protestaram em frente à antiga sede da Bolsa de Valores de São Paulo, no centro da capital, onde ocorreu o leilão.

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