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TO: Professores de Palmas suspendem greve e pedem alimentos

Com o corte de ponto, sindicato faz campanha de doação de alimentos para os grevistas.

Publicado: 27 Setembro, 2017 - 15h31 | Última modificação: 28 Setembro, 2017 - 18h54

Escrito por: CUT Brasil, com informações do Sintet Regional Palmas

Sintet Palmas
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Os trabalhadores e as trabalhadoras da Educação Municipal de Palmas, capital do Tocantins, decidiram pela suspensão da greve em assembleia que reuniu praticamente toda a categoria, na noite de terça-feira (26), em frente à Câmara Municipal de Palmas.

A maioria da categoria votou pela suspensão da greve da rede municipal, que durou 22 dias. Além da suspensão, a greve de fome também chegou ao fim após 7 dias de protesto. Com a suspensão, os profissionais da Educação desocuparam a Câmara de Vereadores depois de 14 dias de ocupação.

Na assembleia também foi deliberada a volta dos profissionais às escolas. Pela decisão, nesta quinta-feira (28), toda a categoria retorna às salas de aula.

Para o presidente regional do Sintet (Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins), Fernando Pereira, a suspensão da greve não significa o fim do movimento. "Se o prefeito Carlos Amastha não dialogar, poderemos retornar a qualquer momento. Aqui decidimos uma suspensão, e não um encerramento", enfatizou.
 

Servidor Sem Salário TEM FOME! Contribua!

Devido ao anúncio do corte de pontos dos trabalhadores da Educação Municipal que estiveram em greve durante 22 dias, o Sintet lançou a campanha “Servidor Sem Salário TEM FOME”. O objetivo é arrecadar alimentos para os profissionais da educação que tiveram seus pontos cortados.

O Sintet reitera que é importante que a população palmense participe deste ato de solidariedade, que é destinado a ajudar profissionais que estavam na luta pelo cumprimento da lei.

Nota de agradecimento

O Sintet divulgou nota agradecendo o apoio da população de Palmas ao movimento e dando informações sobre as razões da greve, a começar pela intransigência e a portura absurda do prefeito e seus assessores, de recusar a reposição das aulas perdidas durante a greve. Veja a íntegra da nota a seguir.

O Comando de Greve, em nome da direção do Sintet e da categoria de profissionais da educação do município de Palmas, agradece as manifestações de apoio e solidariedade de pais, mães e estudantes da rede municipal de ensino às nossas reivindicações.

Infelizmente, devido ao descumprimento de acordo firmado com nossa categoria profissional e o não pagamento de direitos há muito atrasados pelo Chefe do Poder Executivo Municipal de Palmas fomos forçados a paralisar nossas atividades. A greve é uma medida extrema que desagrada também a todos nós, entretanto, como um remédio amargo, que se toma quando outros remédios já não fazem efeito, foi o último recurso à nossa disposição a partir do momento em que o bom senso deu lugar ao capricho e a indiferença da parte de Carlos Amastha, quem poderia ter resolvido as pendências.

Todos nós lamentamos imensamente que se tenha chegado a essa situação. Também lamentamos que a oportunidade que todos os envolvidos têm para minimizar esses prejuízos, que é a reposição de todas as aulas perdidas, seja unilateralmente descartada pelo Prefeito Carlos Amastha, orientado pelo Secretário Danilo Melo de Sousa. Causa perplexidade a forma como o Procurador Geral do Município, o Senhor Públio Borges, representando o Chefe do Executivo na Audiência Pública realizada no dia 25/09/2017, tenha se negado reiteradamente a aceitar a reposição das aulas, aulas comprovadas e inequivocamente perdidas por imensa parcela das crianças nesses 20 (vinte) dias de greve.


A sociedade palmense de modo geral, e as crianças em particular, não merecem ser penalizadas pelas escolhas políticas orientadas por caprichos e mesquinharias do Executivo Municipal e do grupo político que o sustenta. Nós, profissionais da educação de Palmas, reafirmamos nosso compromisso de repor todas as aulas que o poder público fez com que fossem perdidas e, mais uma vez, obrigado!