Trabalhador terceirizado da Equatorial Celpa morre eletrocutado em Moju (PA)
Em novembro de 2023, trabalhadores da Dínamo, prestadora de serviço da Equatorial Celpa, entraram em greve contra as péssimas condições de serviço, sobrecarga de trabalho, sonegação de FGTS e férias vencidas
Publicado: 23 Fevereiro, 2024 - 11h09 | Última modificação: 23 Fevereiro, 2024 - 11h33
Escrito por: Sindicato dos Urbanitários do Pará
Um trágico acidente tirou a vida do trabalhador Jackson Silva, residente na Vila Jambuaçu, município de São Francisco do Pará. Durante suas atividades de trabalho na última segunda-feira (19), em uma área rural de Moju, para a empresa JDW, que presta serviços à Equatorial Energia, ele foi eletrocutado.
Ao tentar prestar socorro, colegas de trabalho de Jackson e uma viatura da Rotam que passava pelo local se uniram para auxiliar a vítima. Contudo, apesar dos esforços, ao chegarem a Unidade Mista de Saúde, na cidade de Moju, infelizmente, ele não resistiu, deixando dois filhos órfãos de pai.
Segundo o Portal Moju News, nem os colegas de trabalho e representantes da JDW se manifestaram para falar ou gravar entrevista. A comunidade e familiares aguardam esclarecimentos sobre as circunstâncias do ocorrido que deverá ser investigado pela Polícia Civil.
A tragédia destaca a gravidade das condições de trabalho e ressalta a importância de medidas preventivas Em novembro de 2023, trabalhadores da Dínamo, prestadora de serviço da Equatorial Celpa, entraram em greve contra as péssimas condições de serviço, sobrecarga de trabalho, sonegação de FGTS e férias vencidas.
Denúncias afirmam que os trabalhadores dessas empreiteiras nem sempre recebem treinamento e são submetidos a jornadas de até 12 horas, o que é incompatível para o setor elétrico, pois os coloca em situação de vulnerabilidade a acidentes.
A Equatorial Celpa tem responsabilidade com o serviço e problemas de suas contratadas, mas não fiscaliza as atividades, denunciam os sindicalistas do setor.
Esse trágico acidente reforça as denúncias que vêm sendo feitas ao longo dos anos por trabalhadores do setor energético que alertam que a terceirização dos serviços, sem a devida capacitação dos novos funcionários traz risco tanto para a vida dos trabalhadores e prejuízos para os consumidores em geral que têm vivenciado apagões, quedas de energia e preços altos.
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Com informações do Moju News