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Trabalhadores da Companhia de Saneamento do Pará entram no 30º dia de greve

Categoria luta por recomposição dos salários que amargam perdas de 12,47% referente ao acumulado da inflação na data-base  

Publicado: 03 Agosto, 2022 - 11h46 | Última modificação: 03 Agosto, 2022 - 11h53

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

STIUPA
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Os trabalhadores e trabalhadoras da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) completam 30 dias de greve, nesta quarta-feira (3), para pressionar a empresa a negociar a campanha salarial deste ano. A data-base da categoria, que já acumula mais de 12% de perdas, é em maio, mas a direção da Cosanpa tentou adiar a negociação e, consequentemente o reajuste, para novembro. Em protesto, os trabalhadores enrtaram em greve no dia 5 de julho.

A gestão da Cosanpa ameaçou descontar os dias parados, mas a direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Pará (Stiupa) recorreu à Justiça e garantiu o pagamento dos salários.

A desembargadora Rosita de Nazaré Sidrim Nassar do Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região (TRT8) atendeu ‘ação de tutela de urgência cautelar antecedente do dissídio coletivo de regularidade da greve ajuizada pelo Stiupa no dia 25 de julho, e deferiu liminar que impede o desconto dos dias parados.

A decisão expedida nesta sexta-feira, 29 de julho, manteve também a aplicação de multa diária por descumprimento no valor de R$ 2 mil por trabalhador, caso a empresa não cumpra a decisão.

A luta por direitos

Entre abril e março deste ano, a categoria parou por 20 dias para reivindicar pagamento de direitos conquistados e negados pela empresa referentes a data-base 2021, cujo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) havia sido descumprido pela  direção da Cosanpa.

Agora, a luta agora é pela data-base de 2022. Em reunião de negociação realizada em 18 de maio, mês da data-base da categoria, a gestão da Cosanpa propôs transferir a negociação da data-base 2022 para o mês de novembro de 2022.

A proposta foi rechaçada pelos representantes dos trabalhadores que reiteraram a pauta de reivindicações deliberada pela categoria, que tem um acumulado de inflação de 12,47%, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE) referente ao período de maio de 2021 a abril deste ano.

Em 24 de maio, os diretores da Cosanpa apresentaram proposta, também não aceita pelos trabalhadores, de aplicar o percentual da inflação no tícket-alimentação, porém de forma parcelada de três vezes, nos meses de maio, agosto e outubro.

Todas as propostas foram rejeitadas pela categoria em assembleias realizadas pelo Stiupa que luta junto com trabalhadores e trabalhadoras para retormar as negociações. A direção do Sindicato solicitou inclusive mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), mas até agora não houve avanços, apesar da disposição dos sindicalistas em negociar a data-base 2022 com a empresa.

Em nota publicada no site do Stiupa, os dirientes acusam o governo Helder Barbalho (MDB) de  intransigência e reivindicam espaço para negociar a reposição salarial referente à inflação da data-base, de 12,47%.

O sindicato está garantindo os serviços essenciais para a população durante a greve.