Escrito por: FNU-CUT
Os trabalhadores exigem ser respeitados e valorizados com uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em especial nas cláusulas econômicas, que esteja à altura dos seus anseios
Os trabalhadores da CPFL Piratininga da Baixada Santista fizeram uma manifestação conjunta nas bases e de forma simultânea com os companheiros da CPFL Paulista, na última segunda-feira, dia 25, para demonstrar a insatisfação da categoria com a postura da empresa nas negociações da campanha salarial deste ano.
Esse tipo de manifestação conjunta não ocorria há algum tempo e foi necessário para deixar claro que os companheiros exigem ser respeitados e valorizados com uma proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), em especial nas cláusulas econômicas, que esteja à altura dos anseios dos trabalhadores.
Mesmo com os portões abertos, a maioria dos companheiros não entrou nas bases e aqueles que ingressaram nos postos da empresa não foram para as ruas, respeitando o término dessa manifestação. Essa luta ganhou contou com o apoio do segundo vice-presidente da Câmara de Santos e do presidente do Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários (Settaport), Chico Nogueira (PT).
As reivindicações são justas. Afinal, o Grupo CPFL alcançou ótimos resultados financeiros nos últimos anos, graças ao empenho e comprometimento dos trabalhadores.
Em 2022, a CPFL Piratininga obteve lucro líquido de R$ 513 milhões, o que representou um aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. Isso refletiu a alta de 24,3% no Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), ou seja, uma elevação de R$ 224 milhões em comparação a 2021.
Nesta terça-feira (26), a chefia continuou assediando os trabalhadores e criticando aqueles que resolveram aderir, por iniciativa própria, às manifestações.
Sem o prévio consentimento dos empregados, as chefias fizeram imagens dos companheiros diretores da área técnica para demonstrar um clima tranquilo e sereno. Essa postura da empresa deixa claro que os trabalhadores serão pressionados até o dia 3 de outubro, quando a categoria estará reunida em assembleia para discutir a deflagração de uma greve, por tempo indeterminado, a partir da zero hora do dia 4.
O Sintius e a categoria defendem que o slogan da empresa “Primeiro as Pessoas” saia do papel e que, realmente, os trabalhadores sejam colocados no primeiro plano pela empresa.
Com informações de Sintius