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Trabalhadores da Eletrobras pedem a saída do presidente da estatal

As recentes decisões tomadas pelo presidente a favor da privatização do sistema Eletrobras e as tentativas de reajustar o próprio salário levaram os funcionários da estatal a pedir seu afastamento

Publicado: 29 Maio, 2018 - 12h02

Escrito por: Rosely Rocha, especial para Portal CUT

Agência Brasil
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A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), em nota conjunta, pedem a saída do presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Jr.

No pedido, os argumentos dos trabalhadores e trabalhadoras do sistema vão desde as últimas decisões do presidente da empresa que contratou uma empresa jornalística para denegrir a imagem da Eletrobras e, com isso, facilitar a venda da estatal para grupos financeiros internacionais, até a tentativa de aumentar seu próprio salário em 46%.

Na nota, os eletricitários lembram, ainda, que Pinto Jr foi o primeiro presidente da Eletrobras a ser advertido pela Comissão de Ética da Presidência da República por contratar sem licitação, serviços e empresas, burlando a  lei de licitações.

As entidades encerram a nota encerra afirmando que a Eletrobras é a maior empresa de energia elétrica da América Latina e é patrimônio do povo brasileiro; que ela não vai ser entregue por esse golpista e ilegítimo  Michel Temer (MDB-SP), aos interesses internacionais.

“O governo golpista de Temer quis privatizar a Eletrobras e todas as empresas do ramo de geração e transmissão de energia elétrica, sob a justificativa de democratização do capital acionário, mas graças à ação da FNU e CNE, no Congresso Nacional, conseguimos impedir esse processo torpe, mas não significa que terminou”, alerta Wellington Diniz, diretor jurídico do Sindicato dos Urbanitários do Maranhão (STIU-MA) e membro do CNE.

Segundo ele, Temer quer repassar o controle acionário da Eletrobras, que é responsável por 30% da produção de energia do país, para empresas do governo chinês. Por isso, a FNU e a CNE continuam o processo de esclarecimento aos parlamentares de oposição e situação. Todos precisam entender os prejuízos que a privatização da Eletrobras traria ao país, diz Welligton.

“Nós também ajuizamos ações judiciais e extrajudiciais, fizemos denúncias junto ao Ministério Público Federal (MPF) e conclamamos os trabalhadores e trabalhadoras do sistema a lutar e resistir”.

Wellington lembra que o desmonte do sistema Eletrobras vem sendo feito a também a partir da implantação dos Planos de Demissão Incentiva (PDI), proposto pelo atual presidente da estatal. Com isso, dos 28 mil funcionários que trabalhavam antes da atual gestão, cinco mil já deixaram a empresa.

Enquanto demite alegando dificuldades financeiras, o presidente da estatal Wilson Pinto Jr , tentou na calada da noite aumentar o próprio salário e de diretores da Eletrobras em 46%.

Ele também é acusado de ocupar mais de cinco cadeiras nos Conselhos de Administração, descumprindo assim o estatuto da empresa, para acumular pró-labores.