Escrito por: Redação CUT
Acordo fechado no TRT prevê pagamento dos salários atrasados na sexta (19). Se empresa cumprir acordo, trabalhadores encerram a greve
A greve dos trabalhadores e trabalhadoras da Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor evangélico Valdemiro Santiago, que começou há duas semanas continua pelo menos até a próxima sexta-feira (19), data que a empresa deve pagar o salário atrasado desde o dia 5 de outubro.
Em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), na sexta-feira (12) , representantes das três categorias em greve – jornalistas, cinegrafistas e trabalhadoes em igrejas – fecharam um bom acordo com gestores da igreja, de acordo com Sérgio Ipoldo, do Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo.
Segundo o dirigente, o acordo prevê que a Igreja Mundial vai pagar o salário de outubro até o dia, não vai descontar os dias parados e os trabalhadores terão 90 dias de estabilidade. Se a empresa cumprir o acordo, os trabalhadores encerram a paralisação no mesmo dia.
Com relação aos pagamentos de férias, também atrasadas e aos depósitos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que não vêm sendo feitos, a empresa também se comprometeu a buscar uma solução.
Segundo o Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo, a greve tem a adesão de 75% dos trabalhadores: cerca de 100 radialistas, 5 jornalistas e outros 300 trabalhadores em Igrejas.
Os atrasos nos pagamentos de salário são constantes na Mundial, segundo Sérgio. Há mais de dois anos a Igreja vem pagando um abono de 50% do valor do salário no dia 20, e a outra metade, que deveria ser paga no quinto dia útil de cada mês, sempre atrasa. Os trabalhadores argumentam que sempre pagam suas próprias contas de aluguel, água e luz, entre outras, com multas e juros de mora, porque não recebem em dia.
Atraso no FGTS já dura dois anos
De acordo com o Sindicato dos Radialistas, há dois anos a Igreja Mundial não deposita o FGTS dos trabalhadores, um dos direitos garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).