Escrito por: Rosely Rocha
Servidores municipais da capital de São Paulo fazem manifestação nesta quarta (3), a partir das 14h, em frente à Câmara Municipal. Setor de saúde pede 46% de reajuste salarial, mesmo índice dado ao prefeito
O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sinsep-SP) está convocando todos os servidores municipais da capital paulista para comparecerem em frente à Câmara Municipal, no centro da cidade, a partir das 14 horas desta quarta-feira (3), para que a categoria demonstre a sua insatisfação com o teor do Projeto de Lei (PL), nº 428/22 de autoria do Executivo Municipal, que em tese, prevê melhorias na carreira dos servidores, incluindo, os profissionais de saúde.
O SINSEP pede que os servidores da saúde tenham reajuste de 46%, o mesmo índice pelo qual o salário do prefeito foi reajustado neste ano, entre outras reivindicações. O reajuste a Ricardo Nunes (MDB), foi aprovado pela Câmara Municipal, em 2020, quando ele era vereador, antes de ser candidato à vice de Bruno Covas, que faleceu em maio do no ano passado, fazendo com que Nunes assumisse a prefeitura de São Paulo.
O projeto do governo oferece de 8% a 12% de reajuste aos 20 mil servidores da saúde, dependendo do cargo ocupado. Além do índice não repor as perdas da inflação, há discrepância também entre categorias. Para os engenheiros, por exemplo, a prefeitura ofereceu 46% de reajuste. Os servidores da saúde estão sem repor as perdas da inflação nos salários desde 2016.
Valorização da categoria
Além do reajuste de 46%, os servidores da saúde exigem o pagamento do Piso Nacional de Endemias e da Enfermagem, que é de dois salários mínimos (R$ 2.224). A cidade de São Paulo paga apenas R$ 1.818, por 40 horas semanais, apesar da prefeitura receber repasses do governo federal para pagar esses profissionais. Os 1.900 agentes de endemia da capital estão paralisados desde a última segunda-feira(1º), em protesto pelo não pagamento do piso nacional.
Manifestações
As manifestações dos servidores da saúde tiveram início na terça-feira (2), em frente à Câmara Municipal. Cerca de 1500 servidores saíram em passeara até a Secretaria Municipal de Saúde para exigir o protocolo em que se comprometeram verbalmente, que tirariam a saúde do PL 428/22, para continuar negociação com real valorização, mas que não querem assumir por escrito.
Cecília Figueiredo - SINSEPVotação em 1º turno é nesta quarta (3)
A Câmara Municipal começa nesta quarta-feira (3), a partir das 14 horas, a votação do PL, que precisa ser aprovado em dois turnos, para passar a valer.
-