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Trabalhadores de saúde no país param em apoio à greve geral, nesta sexta (14)

Categoria vai protestar contra a reforma da Previdência, os cortes na educação, por empregos e em defesa do SUS. Trabalhadores, no entanto, prometem atender a população em casos de urgência e emergência

Publicado: 13 Junho, 2019 - 16h33 | Última modificação: 14 Junho, 2019 - 09h15

Escrito por: Redação CUT

Alex Capuano/CUT
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Apenas serviços de urgência e emergência vão funcionar nos hospitais e prontos atendimentos de todo o Brasil nesta sexta-feira (14), dia da greve geral contra a reforma da previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), contra os cortes de verba na educação, por empregos e em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os trabalhadores e as trabalhadoras de saúde de hospitais, prontos atendimentos, unidades básicas de saúde (UBS), Unidades de Pronto Atendimento (UPA), entre outras unidades, fizeram assembleias e, por unanimidade, decidiram protestar contra a reforma da Previdência e o desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS).

A reforma prejudicará principalmente as mulheres trabalhadoras do setor, pois elas terão de contribuir ao Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) por mais sete anos e só terão direito a apenas 60% do valor do benefício. Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, nome oficial da reforma, for aprovada no Congresso Nacional por deputados e senadores, para terem direito à aposentadoria integral, tanto homens como mulheres, terão que contribuir por 40 anos.

Entidades defendem apoio à paralisação

Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nos Serviços de Saúde (CNTSS) diz que “a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, da reforma da Previdência, tem por objetivo acabar com a aposentadoria, aumentando a idade para homens e mulheres, além de diminuir e congelar o valor dos benefícios”. 

A CNTSS lembrou que “a unidade dos movimentos sindical e social se faz necessária e urgente para mobilizar o Congresso Nacional a alterar a proposta do governo Bolsonaro”. 

A greve geral foi convocada pela CUT e demais centrais - CTB, Força Sindical, CGTB, CSB, UGT, Nova Central, CSP-Conlutas e Intersindical. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo que reúnem mais de 200 entidades sociais, partidos políticos e movimentos estudantil, de mulheres e de negros também aderiram à paralisação.

O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) também vai aderir à greve geral. Em nota, afirma que “diante da eminente perda de direitos conquistados a duras penas ao longo de décadas de lutas, a decisão da categoria, já em março deste ano, foi de aderir ao calendário nacional de lutas, inclusive para a construção da greve geral”.

Em São Paulo, além da saúde, a greve terá a adesão do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), responsável pelas áreas de cultura, zeladoria, obras e serviços, como cemitérios, e outros da gestão municipal.