Escrito por: Gabriel Luis da Rosa/ Sintrasem

Trabalhadores de todo país se mobilizam para garantir serviço público

No seminário em Santa Catarina, trabalhadores e trabalhadoras federais, estaduais e municipais, se preparam para enfrentar as PECs de Bolsonaro que, se não combatidas, vão acabar com o serviço público

Sintrasem

O seminário promovido na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), na noite desta quinta-feira (21), mobilizou trabalhadores e trabalhadoras das três esferas (federal, estadual e municipal) para dar início à organização da luta contra as Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) do governo de Jair Bolsonaro e sua equipe econômica.

Os 81 participantes do seminário, de 27 entidades sindicais, assistiram à uma formação com o economista José Álvaro Cardoso do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) sobre as PECs 166,167 e 168/2019, que aprofundam os efeitos nocivos da Emenda Constitucional 95 e da Reforma Trabalhista.

Entre as várias medidas destas PECs estão previstos congelamentos e redução de salários de servidores; fim da estabilidade no serviço público; fim dos gastos constitucionais mínimos com saúde e educação; proibição de concurso e do pagamento do plano de carreira por dois anos; entre outros.

Para os participantes, a unidade dos trabalhadores das três esferas representa uma grande frente para frear a destruição do serviço público planejada por Bolsonaro e o ministro da Econômica, Paulo Guedes.

As principais deliberações da atividade foram: a construção de uma agenda permanente que envolva as categorias das três esferas; pela participação nacional da plenária nacional no dia 26 de novembro em Brasília; a realização de uma assembleia unificada no dia 4 de dezembro, em Florianópolis; a produção de um material para dialogar com as comunidades; e a articulação com os sindicatos públicos para organizar o enfrentamento às PECs.

“É preciso mostrar pra toda a população quais são os efeitos destas investidas que favorecem apenas os membros de uma pequena elite econômica e do capital estrangeiro”, afirmou o presidente do Sintrasem,  Renê Munaro.