Trabalhadores em educação realizam um...

A tarde dessa terça-feira, dia 16, foi um grande marco na história do movimento sindical, não só em Chapecó, como em todo o oeste catarinense e em Santa Catarina. Centenas de trabalhadores em educação participaram do grande Ato Macrorregional de Chapecó pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional, atendendo ao chamado do Sindicato que representa a categoria, no Estado: o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE).

Participaram do evento, juntamente com o vice-coordenador estadual do SINTE, professor Antônio Valmor de Campos, coordenadores e trabalhadores em educação das Regionais de Chapecó, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Xanxerê,  Campos Novos, Maravilha, Curitibanos, São Lourenço do Oeste e Palmitos. O Ato Macrorregional contou com a presença do presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Pedro Uczai, que lançou o abaixo-assinado para reivindicar Piso Salarial Estadual para os professores da rede pública. Além de Uczai, o grande evento contou com diversas autoridades, como vereadores, líderes sindicais e representantes  de inúmeros municípios da grande região oeste.

Com faixas e cartazes, os trabalhadores em educação percorreram a principal avenida de Chapecó, até chegarem à sede da Secretaria de Desenvolvimento Regional, aonde estava marcada audiência com o secretário Luciano Buligon, que desceu do prédio, dirigiu-se à escadaria, recebendo o ofício das Regionais do SINTE, com a pauta de reivindicações. Na ocasião, falaram a coordenadora regional do SINTE de Chapecó, professora Alvete Pasin Bedin, e o vice-coordenador estadual do SINTE, professor Antônio Valmor de Campos. Ao receber o ofício, o secretário de Desenvolvimento Regional disse que iria encaminhar, imediatamente, cópia do documento à Secretaria de Estado da Educação.

Eis a íntegra do documento entregue:

“Nós, trabalhadores em educação, reunidos neste Ato Macrorregional (com a representação das Regionais de Chapecó, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Xanxerê,  Campos Novos, Maravilha, Curitibanos, São Lourenço do Oeste e Palmitos, tendo em vista certas práticas deste governo do Estado, as quais estão prejudicando sobremaneira a educação pública, em Santa Catarina, vimos, por meio deste, solicitar vosso empenho, na interveniência, junto ao Secretário de Estado da Educação, para que atenda, urgentemente, nossa pauta de reivindicações:

. Que valorize todos os trabalhadores em educação, fazendo valer o Piso Salarial Profissional Nacional em Santa Catarina, implantando imediatamente a Lei Federal nº 11.738/2008. Não é possível, nem suportável, aceitar que o governo do Estado considere Teto como Piso, pois é de conhecimento público que o Piso inicial, no Plano de Carreira, em Santa Catarina, será de R$ 609,00, a partir de agosto, após a incorporação do abono de R$ 100,00, quando o valor atual do Piso Nacional é de R$ 1.312,85.

. Que seja feita justiça, em respeito aos Admitidos em Caráter Temporário (ACTs), com concurso público imediato, evitando as barbaridades que ocorreram, recentemente, no processo seletivo e na classificação para escolha de aula para o ano letivo de 2010.

. Que o governo do Estado reverta o processo de terceirização da alimentação escolar, imediatamente. Além da falta de valor nutricional dos alimentos servidos aos nossos alunos, grande parte da alimentação escolar vai para o lixo, tendo em vista a rejeição dos estudantes aos cardápios oferecidos. O governo do Estado vai mais longe, demitindo, gradativamente, mais de 5.600 Serventes e Merendeiras, o que tem causado indignação e revolta da comunidade escolar catarinense.

. Que seja revertido o processo de municipalização do Ensino Fundamental, em Santa Catarina. Com mais essa municipalização, a educação pública do nosso Estado irá retroceder na qualidade, visto que os municípios não dispõem de condições para assumir as responsabilidades que sempre couberam ao Estado.
.  Que a Secretaria de Estado da Educação garanta vagas a todos os estudantes da rede pública estadual, respeitando as leis que delimitam o zoneamento e o referencial de cada comunidade. Também, que seja respeitado o número de alunos em cada sala de aula, de acordo com a determinação legal do espaço físico.

Esperando contar com vosso apoio de sempre,

subscrevemos,

atenciosamente,

assinam: Antônio Valmor de Campos, Vice-Coordenador Estadual do SINTE, Coordenação Regional do SINTE de Chapecó, Coordenação Regional do SINTE de Concórdia, Coordenação Regional do SINTE de Joaçaba, Coordenação Regional do SINTE de São Miguel do Oeste, Coordenação Regional do SINTE de Xanxerê, Coordenação Regional do SINTE de Campos Novos, Coordenação Regional do SINTE de Maravilha, Coordenação Regional do SINTE de Curitibanos, Coordenação Regional do SINTE de São Lourenço do Oeste, Coordenação Regional do SINTE de Palmitos.”