Trabalhadores estarão nas ruas no dia 20 por direitos e por aposentadoria
Classe trabalhadora vai participar das mobilizações de sexta-feira no Dia Nacional de Luta Contra a Reforma da Previdência e também de manifestações em defesa do meio ambiente
Publicado: 18 Setembro, 2019 - 11h18 | Última modificação: 18 Setembro, 2019 - 12h24
Escrito por: Érica Aragão
Diversas categorias de vários estados estão mobilizados para os atos e paralisações na próxima sexta-feira (20), chamados pela CUT e demais centrais, pela Coalização pelo Clima e pelos movimentos sociais das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Todos juntos em defesa do clima, dos direitos sociais, trabalhistas e pela educação que vêm sendo atacados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Além de queimar as florestas brasileiras e abrir caminhos para o desmatamento desenfreado, Bolsonaro está “queimando” direitos sociais e trabalhistas e destruindo o Brasil, diz o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, ao convocar todos os trabalhadores e trabalhadoras a participarem do Dia Nacional de Luta Contra a Rerforma da Previdência nesta sexta-feira. Também fazer nos somar aos atos da Coalização pelo Clima em defesa do meio ambiente que ocorre no mesmo dia em todo o mundo.
Todo dia é anunciado um retrocesso, um ataque aos trabalhadores e a toda a sociedade, prossegue o dirigente.
“Esta semana ficamos sabendo que o governo estuda congelar o Salário Mínimo e que liberou mais de 63 tipos de agrotóxicos. Nos primeiros dias da gestão, Bolsonaro encaminhou ao Congresso a reforma da Previdência que acaba com o sonho da aposentadoria de milhões de trabalhadores. A lista de ataques é enorme e não para de cresce. Motivos não faltam para ir ás ruas,” diz Sérgio.
“Os grupos econômicos que destroem a Amazônia são os mesmos que apoiam o fim da aposentadoria, da educação pública, dos serviços públicos e que buscam lucrar em cima da privatização dos nossos direitos”, acrescenta o secretário do Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio.
“As lutas não estão separadas umas das outras porque os interesses do capital se encontram muito bem alinhados quando se trata se apropriar de direitos conquistados, por isso a importância de estarmos juntos nessa sexta contra essa agenda de destruição”, ressalta Gaio.
Atos no Brasil
São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Pernambuco, Brasília, Bahia e Ceará já têm locais e horários confirmados [veja no fim da matéria]. No Rio Grande do Sul o ato da classe trabalhadora será no dia 24.
Categorias organizadas
Metalúrgicos, trabalhadores e trabalhadoras da educação e servidores públicos estão mobilizados para o Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em Defesa do Meio Ambiente, Direitos, Educação, Emprego e Contra a Reforma da Previdência. Os petroleiros e os bancários irão se somar nos atos das capitais.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem uma agenda de assembleias para consultar os trabalhadores sobre a paralisação. As empresas Fledlaz, de Ribeirão Pires, e a Delga, em Diadema, aprovaram cruzar os braços na manhã do dia 20, como orientou a CUT.
Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação, tanto da básica, ligados a CNTE, quanto das universidades ligados a APUB e a FASUBRA, estão mobilizados para a paralisação nas escolas de manhã e vão se somar a tarde aos atos de ruas das capitais com a Greve Global Pelo Clima.
Os servidores públicos ligados à CUT, tanto federais, municipais e estaduais, também vão aderir a paralisação e estarão nas ruas no dia 20.
Saiba onde já tem atos marcados
Bahia
- Caminhada da Praça do Campo Grande até Praça Castro Alves em Salvador, a partir das 9h.
Brasília
- Ato na Plataforma inferior da Rodoviária de Brasília, a partir das 17h.
Minas Gerais
- A partir das 9h, manifestações dos servidores públicos municipais e estaduais, pressão nos escritórios regionais dos senadores e depois marcha pelo centro da cidade com concentração na frente da prefeitura.
Pernambuco
- Ato na Praça do Derby, em Recife - concentração a partir das 14h.
Santa Catarina
- Ato com concentração às 15 horas, na Câmara de Vereadores em Guaramirim (Rua Vinte e Oito de Agosto, 2042- Centro) - para protestar e pedir uma audiência pública sobre o fechamento do terminal da Petrobras na cidade, pois esse abastece toda região e com o fechamento o município pode perder até 30% da arrecadação.
- Em Florianópolis, o ato está sendo chamado para às 17h, no largo da Catedral.
São Paulo
Na capital paulista, as atividades estão programadas a partir das 13h, no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), com aula pública sobre aquecimento global e oficinas de cartazes. O ato terá concentração às 16h.