Trabalhadores fazem vigília na Alesp contra PL de Doria que prejudica os mais pobres
Lute você também pelo seu direito à trabalho, moradia, saúde e remédio gratuito. Pressione o seu deputado contra o PL do desmonte de Doria. Acesse o site Na Pressão e mande seu recado
Publicado: 30 Setembro, 2020 - 10h40
Escrito por: Redação CUT
Enquanto os deputados discutiam o Projeto de Lei 529 do governador João Doria (PSDB), que propõe a extinção de 10 autarquias públicas, a entrega de 9 parques para o setor privado e a interferência na receita das três principais universidades do estado, os trabalhadores do serviço público protestavam em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na região dos Jardins.
A vigília desta terça-feira (29), que reuniu caravanas de várias cidades do estado, é em defesa do patrimônio público do povo paulista e também em defesa da distribuição gratuita de medicamentos, de serviços fundamentais prestados à pópulação como o controle de endemias e o tratamento de câncer e da moradia popular.
Entre as autarquias que Doria quer entregar para a iniciativa privada estão a Fundação para o Remédio Popular (FURP), a Fundação Oncocentro de São Paulo (FOSP), a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU).
Você também pode pressionar os deputados, pedir que não votem contra o povo. Nem precisa sair de casa. Basta acessar o site Na Pressão (Acesse o site aqui) e mandar o seu recado por e-mail, WhatsApp ou rede social.
O PL 529 tramita em regime de urgência na Alesp e a ideia é executar tudo até o início de 2021.
O projeto é um novo ataque aos serviços públicos essenciais à população e não pode ser aprovado, afirmaram trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias do funcionalismo que se uniram para na luta contra mais este desmonte e corte de direitos sociais e trabalhistas.
Vamos manter a mobilização para garantir que o projeto não avance, conclamou em cima do caminhão de som, o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo.
“Se o Doria achou que ele iria privatizar ou entregar essas dez empresas sem enfrentar uma luta, está aqui a prova de que os trabalhadores e as trabalhadoras estão preocupados com a política da saúde, da moradia, com os investimentos em ciência e meio ambiente".
"Temos de manter essa pressão aqui na Assembleia Legislativa para impedir o entreguismo desse governo”, completou o dirigente.
Fotos: Elineudo Meira / @fotografia.75
A deputada estadual e presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Professora Bebel, ressaltou que o projeto e irá contribuir com o aumento do desemprego. “Não vamos aceitar que Doria destrua o patrimônio do povo de São Paulo. O PL significa mais desemprego, menos pesquisa, menos remédio gratuito para todos e todas e saúde mais cara para os servidores. Por isso estamos na luta para que isso não siga adiante”, disse.
Com uma manobra para acelerar a aprovação, a bancada da base do governador decidiu no fim da tarde de segunda (28) votar ainda esta semana o PL 529.
PL de Doria que acaba com serviços públicos pode ser votado esta semana
Entre as empresas públicas que serão atingidas com o PL, está também a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
Fotos: Elineudo Meira / @fotografia.75
Site Na Pressão
Desde que foi lançada, em 17 de setembro, a campanha contra o PL 529 pelo site “Na Pressão” tem registrado mudanças no posicionamento de deputados e deputadas estaduais. Por meio de mensagens via Whatsapp, e-mails e até mesmo em vídeo, os parlamentares estão respondendo os trabalhadores comprometendo-se a votarem contra o projeto de lei.
Apesar das mudanças, o número de parlamentares contrários a medida ainda não é o suficiente para barrar a proposta na Alesp, por isso é preciso intensificar a pressão nas redes sociais (Acesse o site aqui).
As bancadas do PT, PSOL e PCdoB já estão fechadas contra a proposta. Deputados de outros partidos têm respondido as mensagens afirmando o voto contrário, como é o caso de Gil Diniz, conhecido nas redes como Carteiro Reaça, que encaminhou um vídeo apresentando seu posicionamento contrário, enquanto que a deputada Edna Macedo fez a manifestação por e-mail. Campos Machado, Rodrigo Gambale, Danilo Balas, Sargento Neri e Roberto Egler responderam pelo próprio Whatsapp.
A CUT-SP seguirá monitorando as manifestações dos parlamentares e os cobrará caso o projeto chegue ao plenário.
Com informações da CUT-SP