Escrito por: Redação CUT
Cerca de 700 trabalhadores dos setores de celulares e IT (notebook monitores) estão parados desde esta segunda após rejeitarem proposta de indenização feita pela empresa
Os trabalhadores e trabalhadoras na LG Taubaté rejeitaram a proposta de indenização pelo encerramento da produção na fábrica da cidade e decretaram greve a partir desta segunda-feira (12). Cerca de 700 trabalhadores dos setores de celulares e IT (notebook monitores) estão parados.
A greve é por tempo indeterminado. A direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) e os trabalhadores iniciaram um cronograma de mobilização, com ações como vigília na porta da fábrica.
“Se hoje estamos aqui na porta do LG isso é única e exclusivamente por culpa da empresa. A LG tomou uma decisão unilateral de fechar a fábrica de Taubaté. Nós vamos fazer a luta que for necessária para defender o interesse dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente do Sindmetau, Claudio Batista.
A proposta de indenização social feita pela empresa, e reprovada pelos trabalhadores, estabelecia pontos como extensão do plano médico, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), indenização de acordo com tempo de casa e qualificação profissional, entre outros itens.
Fornecedoras da LG
Os reflexos do encerramento da produção na LG afetam diretamente outras três empresas na região. Blue Tech e 3C, em Caçapava, da Sun Tech, em São José dos Campos, são fornecedoras exclusivas da fabricante sul-coreana.
As trabalhadoras das três empresas também protestaram nesta segunda-feira (12). Elas vieram a Taubaté para reivindicar acesso aos mesmos direitos dos funcionários na LG. Sun Tech, Blue Tech e 3C somam cerca de 430 postos de trabalho.
Entenda o caso
Em janeiro deste ano começaram a circular informações no mercado e na imprensa sul-coreana sobre uma possível venda da divisão de celulares da LG. O Sindicato acionou a empresa, mas recebeu ofícios com respostas evasivas. Um pedido de reunião com o presidente da LG também não foi atendido.
No dia 5 de abril, a direção da fabricante sul-coreana disparou um comunicado onde informava o encerramento global da divisão de celulares, alegando que a área acumulava um prejuízo de 4,1 bilhões de dólares.
No dia seguinte, em reunião com o Sindicato, a empresa informou que pretende levar a linha de notebooks e celulares de Taubaté para Manaus. A LG alega que na capital do Amazonas terá terá incentivos fiscais, o que não ocorre no estado de São Paulo.
Com informações do Sindmetau