Escrito por: FUP
Ato contra demissões na Acelen teve ampla adesão dos trabalhadores
Os trabalhadores e trabalhadoras da Acelen, antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, a 80 quilômetros de Salvador, paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (6/3) e realizaram um ato no Trevo da Resistência, que dá acesso à refinaria, em Mataripe.
Mais de 1200 trabalhadores e trabalhadoras da Acelen, entre contratados e terceirizados, participaram do ato, organizado pela FUP, pelo Sindipetro-Bahia e pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan). O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid explica que, após o anúncio de que a Petrobras terá novamente o controle acionário da refinaria, feito pelo presidente da Petrobras Jean Paul Prates, a Acelen, que adiministra a refinaria, iniciou um processo de demissão em massa na empresa.
“Infelizmente, em torno de 170 trabalhadores terceirizados e 30 funcionários próprios da Acelen foram demitidos. É inadmissível que tenhamos trabalhadores demitidos e perda de postos de trabalho, justamente nesse momento em que se abre um novo horizonte para a economia do estado”, aponta o coordenador da FUP.
Bacelar destaca: “esse novo negócio, já divulgado, indica uma parceria entre o Fundo Mubadala e a Petrobras, envolvendo a refinaria e seus três terminais terrestres, o Terminal Marítimo de Madre de Deus e 700 quilômetros de dutos que interligam esse sistema, além da construção de uma biorrefinaria, que já havia sido anunciada pelo Fundo Mubadala e pelo governador Jerônimo Rodrigues”.
“Se há todo esse potencial, por que estão demitindo esses trabalhadores que foram qualificados ao longo de 15, 20 anos? é uma irresponsabilidade. A luta do sindicato é pela preservação desses empregos, que geram renda não somente para essas pessoas e suas famílias. A refinaria é responsável por mais de 20 por cento do ICMS da Bahia, é a maior indústria do Norte e Nordeste do país”, frisou Bacelar.
Ao final da manifestação, representantes da área de Recursos Humanos da Acelen reuniram-se com representantes das entidades sindicais para discutir as reivindicações dos trabalhadores.