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Trabalhadores rejeitam proposta e greve continua na Mercedes-Benz

Já apresentamos a decisão para a empresa e pedimos novas rodadas de negociações. A greve continua”, destacou o diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges.

Publicado: 18 Maio, 2018 - 17h21 | Última modificação: 18 Maio, 2018 - 17h38

Escrito por: SMABC

Edu Guimarães/ SMABC
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Na manhã desta sexta-feira (18), os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, rejeitaram proposta de acordo coletivo apresentada em assembleia e decidiram continuar em greve. O movimento teve início na segunda-feira (14).

A proposta negociada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC previa a reposição salarial pelo INPC na data-base (maio) mais abono de R$ 2,5 mil, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) paga em duas parcelas (65% em junho e o restante em dezembro), renovação das cláusulas sociais – com a inclusão da cláusula de salvaguarda da reforma trabalhista – e estabilidade até maio de 2019.

Em relação à proposta anterior apresentada pela montadora – que foi rejeitada ainda na mesa de negociação – foi retirado o teto salarial de R$ 10 mil para aplicação integral do INPC e a redução da jornada e salário dos mensalistas (administrativo). Houve aumento também no valor do abono, que a princípio era de R$ 500, e um ajuste na PLR, incluindo no cálculo a exportação de alguns itens agregados.

Edu Guimarães/ SMABCEdu Guimarães/ SMABC
Moises Selerges na assembleia da Mercedez

“Colocamos o acordo em votação, mas quem decide é o trabalhador. Eles tomaram a decisão acertada, de acordo com o que consideram necessário. Já apresentamos a decisão para a empresa e pedimos novas rodadas de negociações. A greve continua”, destacou o diretor administrativo do Sindicato, Moisés Selerges.

Na avaliação do dirigente, a rejeição se deve, em grande parte, ao longo período em que os metalúrgicos tiveram de abrir mão de reajustes por causa da crise. “Os companheiros passaram por muitas dificuldades os últimos anos. Há um desejo agora de recuperar as perdas, com reajuste incorporado aos salários. O Sindicato vai seguir o caminho que eles estão indicando”, reforçou Selerges.