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Trabalhadores Revap resistem a pressão da polícia e dos patrões e greve continua

O presidente Marcelo Rodolfo destacou a mobilização dos trabalhadores e também a pressão dos patrões que estão ligando e forçando a volta ao trabalho

Publicado: 28 Maio, 2021 - 09h03 | Última modificação: 28 Maio, 2021 - 09h18

Escrito por: Assessoria Revap

Revap/Reprodução
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Os trabalhadores terceirizados da Refinaria Henrique Lage (Revap), de São José dos Campos, votaram em assembleia realizada nesta quinta-feira (27), pela continuidade da greve iniciada na quarta (26) em protesto a tentativa das empresas de retirada de direitos.

Durante as negociações da Campanha Salarial para o fechamento do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2021/2022, as empresas propuseram, em plena pandemia, cortar o convênio médico dos familiares e também mudar o aviso prévio na refinaria, hoje indenizado para trabalhado.

Embora pacífica, dezenas de policiais militares foram destacados para acompanhar a manifestação, agindo na tentativa de intimidar sindicalistas e trabalhadores. Um dos policiais armado com fuzil e cobrindo o rosto com toca impediu que motoristas de dois ônibus parassem e deixassem os trabalhadores descerem. A PM chegou também a impedir com que o Sindicato conversasse com esses trabalhadores.

Mas, a mobilização e a unidade venceram. E aqueles que foram pedidos de parar retornaram a pé para participarem da assembleia. Após o presidente em exercício, Marcelo Rodolfo denunciar no microfone a prática antisindical, a situação foi normalizada e todos puderam ter o seu direito de participar da assembleia e também o de permanecer em greve fosse respeitado.

“A policia tem que ser imparcial. Ela tem que estar aqui também para prevalecer o direito dos trabalhadores de fazer a greve. Não é empurrando sindicalista e colocar arma de grosso calibre” disse o presidente em exercício do Sintricom, Marcelo Rodolfo da Costa.

Pressão dos patrões

Marcelo Rodolfo destacou a mobilização dos trabalhadores e também a pressão dos patrões que estão ligando e forçando a volta ao trabalho. No entanto, dos cerca de mil trabalhadores mais de 90% permanecem em greve.

“Tem muito trabalhador ligando que o patrão está pressionando, mas será que ela é maior do que você perder o convênio médico para família? Outra questão é a quita com aviso indenizado, que eles querem tirar. A inclusão novamente da discussão inclusão na tabela dos técnicos e inspeção. Eles gostam de fazer pressão. A empresa tem que aprender a ganhar dinheiro no serviço que eles fazem e não é metendo a mão no bolso do trabalhador. Nós vamos vencer essa, vocês estão de parabéns”, disse o presidente.

Mobilização continua

Com o apoio da Coordenação da CUT do Vale do Paraíba, coordenada pelo sindicalista Zé Carlos dos Condutores e uma frente ampla de sindicatos, entre eles: Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Sindicato da Construção Civil de Jacareí, Sindicato da Construção Civil de Taubaté, uma nova assembleia será realizada nesta sexta-feira (28). A concentração acontece a partir das 6h, na portaria da passarela Dutra da REVAP.