Escrito por: Renan Costa, da FNU

Trabalhadores se mobilizam para impedir a votação MP de privatização da Eletrobras

Se votação da MP for pautada, categoria pode fazer até uma greve de 72 horas, afirma Nailor Gato, coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE)

Agência PT

O governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) atua no Senado para votar o quanto antes a Medida Provisória (MP) nº 1.031/2021, que prevê a privatização do Sistema do Eletrobras, a maior empresa de energia da América Latina. Eles têm pressa porque têm 13 dias para evitar que a MP perca a vigência e não seja votada.

No dia 20 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou, por 313 votos a favor e 166 contra, o texto-base da MP, ignorando os prejuízos para o Brasil e para os brasileiros.

Confira nove motivos para ser contra a privatização da Eletrobras

O relatório sobre a MP poderá ser apresentado no plenário do Senado ainda esta semana. Isso seria um desastre, por isso a importância de uma grande mobilização nesse momento, afirmam as lideranças dos eletricitários.  

De acordo com os dirigentes, os trabalhadores e as entidades sindicais têm intensificado a luta para impedir que essa votação aconteça. Para isso, têm realizado várias atividades.

- Nesta quarta-feira (9), será realizado o “ato das velas”, que denúncia à possibilidade de apagão caso a privatização aconteça. Outra ação é a “Plenária das Mulheres”, no YouTube e via redes sociais.

- Nesta quinta-feira (10), acontecerá a plenária com movimentos sociais, sindicatos e parlamentares. Neste dia será celebrado também o aniversário de 58 anos da Eletrobras.

Segundo Nailor Gato, coordenador do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), a meta agora é joga todas as forças nas atividades sejam de ruas, nas redes e até uma greve.

“O Coletivo tem coordenado junto com os sindicatos todas as ações, em todos os fóruns. Esta prevista, inclusive, caso seja pautada a votação da MP, uma greve de 72 horas dos trabalhadores e trabalhadoras da Eletrobras. Vamos até o fim para impedir a privatização da empresa”, disse.   

Em Brasília, os trabalhadores e ativistas tem realizado atividades de corpo a corpo no aeroporto e nas ruas, com a colocação de faixas em áreas de grande circulação alertando sobre os riscos da privatização da Eletrobras, como o apagão e o aumento na conta de luz da população.