Escrito por: Redação CUT
Mais de 1,6 milhões brasileiros foram infectados desde o início da pandemia que contabiliza mais de 65.500 vidas perdidas. Nordeste concentrou 43% dos óbitos registrados em 24 horas entre domingo e segunda
Mais de 1.623.229 brasileiros já foram infectados pela Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, desde o começo da pandemia, em março. O total de vidas perdidas alcançou 65.556 pessoas nesta segunda (6), quando foram registradas 620 mortes em 24 horas. Entre domingo e segunda, mais 20.229 novos casos da doença foram confirmados, segundo o Ministério da Saúde.
A tragédia brasileira é muito maior do que o rastro que o novo coronavírus deixou em países cujas mortes tanto comoveram os brasileiros, como Itália, 34.869 vidas perdidas e Espanha, que registrou 28.388 óbitos. O país só fica atrás dos Estados Unidos, que registra quase 3 milhões de infectados e 132,8 mil mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
E se comparada a outras estatísticas trágicas, o total de vítimas da Covid-19 é maior do que as mortes ocorridas no ano mais violento do país, 2017, quando o Brasil registrou um recorde de 65.602 assassinatos, segundo o Atlas da Violência.
Nordeste tem 43% das vidas perdidas em 24 horas
Do total de pessoas que morreram por causa da Covid-19 nas 24 horas computadas entre domingo e segunda-feira, 284 eram nordestinas. A Região Nordeste computou 43% de todos os óbitos registrados no Brasil.
O Sudeste aparece na segunda colocação, com 149 mortes no período, representando 23% dos registros de óbitos. O Centro-Oeste, aparece com 101 vítimas, cerca de 15%. A região segue em ritmo de alta foi a primeira vez que os números ficaram próximos ao do Sudeste, primeiro epicentro da doença no país.
Outros 11% (70 óbitos) ocorreram no Sul e a região com menos mortes divulgadas foi o Norte, com 52 vítimas e 8%, O Norte teve queda no registro de novas vítimas pelo 4º dia consecutivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, 927,3 mil pessoas que contraíram a doença já se recuperaram. Outras 630,5 mil estão em acompanhamento.
Retomada econômica
Mesmo com a curva da pandemia em ascendência, várias cidades do país e regiões metropolitanas abriram as atividades econômicas.
O primeiro dia de reabertura de bares e restaurantes na capital paulista foi marcada por aglomerações nas ruas da cidade e na estação Brás nesta segunda-feira (6) e restaurantes vazios. Passageiros dos trens estavam muito próximos uns dos outros - tanto nas plataformas quanto dentro dos trens. Já nos restaurantes que recebiam cerca de 150 pessoas na hora do almoço, apareceram um ou dois clientes.
O estado de São Paulo registra 16.134 mortes por coronavírus e 323.070 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Foram 56 novas mortes e 2.891 casos confirmados nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde. São 36 mortes por Covid-19 a menos do que na semana anterior em todo o estado.
Fortaleza avançou nesta segunda-feira (6) para a fase 3 do plano de retomada da economia. Com isso, 13 setores estão autorizados a retomar 100% de trabalho presencial. Praias e calçadões também foram liberados para atividades físicas individuais.
Os casos confirmados de coronavírus nos municípios cearenses somam 124.845, com 6.512 mortes, segundo dados da plataforma IntegraSUS. O total de pacientes recuperados chega a 99.174. Fortaleza é a cidade que lidera os índices do novo coronavírus e contabiliza 37.253 diagnósticos positivos e 3.389 mortes em decorrência da doença.
Já no Rio de Janeiro, a prefeitura autorizou estabelecimentos comerciais e bares a voltarem gradualmente às atividades. Mas teve descumprimento das medidas de distanciamento social e proteção pessoal como o uso de máscaras. Ao todo, a fiscalização multou 180 pontos, entre bares, restaurantes e comércios.
Com 121.879 casos confirmados de contaminação por coronavírus no estado, sendo 587 novos e 10.698 mortes, o governador Wilson Witzel (PSC), resolveu prorrogar até o dia 21 de julho as medidas restritivas em todo o estado. O decreto, publicado hoje em edição extra do Diário Oficial do Estado, mantém o funcionamento de alguns setores do comércio e da indústria em horários específicos para evitar aglomerações.
O decreto mantém a suspensão das aulas presenciais das redes de ensino estadual, municipal e privada, assim como atividades coletivas em cinemas, teatros e afins e o funcionamento de academias de ginástica.
Está mantida a recomendação para que a população não frequente praias, lagoas, rios, piscinas públicas e clubes. O uso de máscaras de proteção segue obrigatório em qualquer estabelecimento público, assim como em locais privados com funcionamento autorizado de acesso coletivo.
Em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan (PSDB) publicou novas medidas de restrição depois que a cidade viu o número de casos de coronavírus aumentar. O texto determina iniciativas como o fechamento de parques e ampliação das limitações de funcionamento do comércio - supermercados, por exemplo, só podem receber 50% da capacidade.