Escrito por: Redação CUT

Tragédia em Petrópolis: 104 pessoas morreram e 134 ainda estão desaparecidas

Dos 101 corpos que estão no IML, 65 são de mulheres e 36 de homens. Ao todo, 33 corpos foram identificados. Mais de 500 policiais trabalham nas buscas e na identificação dos corpos

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Até o início da manhã desta quinta-feira (18), pelo menos 104 pessoas, entre elas 13 crianças, morreram por causa do forte temporal que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, na tarde de terça (15), deixando um rastro de tragédia e lama causadas pelas inundações, enxurradas e deslizamentos.

Outras 134 pessoas estão desaparecidas. Cerca de 500 bombeiros trabalham nas buscas aos desaparecidos, que podem estar soterrados em locais de difícil  acesso. Pelo menos 24 pessoas foram resgatadas com vida. Quem tiver parentes desaparecidos deve procurar a delegacia.

A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) fará contato e atendimento especializado aos que buscam informações de desaparecidos e boletins de ocorrência, segundo o G1.

As informações sobre desaparecidos são recebidas pelos canais de comunicação do PLID:

Dos 101 corpos que estão no Instituto Médico Legal (IML), 65 são de mulheres e 36 de homens. Ao todo, 33 corpos foram identificados.

A Polícia Civil está trabalhando para agilizar o reconhecimento e a liberação de corpos. Para ajudar na preservação e na identificação dos corpos, chegaram ontem à cidade um caminhão frigorífico e 200 agentes, entre peritos legistas e criminais, papiloscopistas, técnicos e auxiliares de necropsia e servidores de cartório vindos da capital.

Ocorrências dispararam

Até a tarde desta quarta-feira (16), a Defesa Civil Municipal contabilizou 325 ocorrências: 269 deslizamentos de terra e 56 desabamentos e quedas de muro e árvores. 

Mais de 20 pontos de deslizamento foram registrados em toda a cidade. Apenas no morro da Oficina, no Alto da Serra, um dos locais mais atingidos e onde a Defesa Civil acredita ter o maior número de vítimas ainda soterradas, dezenas de casas foram soterradas. Há ainda casos de pessoas que foram levadas pelas enchentes nas ruas.

Famílias acolhidas em escolas

No total, 439 pessoas estão sendo acolhidas em 33 escolas públicas do município.

A Prefeitura decretou estado de calamidade pública, luto por três dias e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento às vítimas.

 

Previsão de mais chuvas

Na terça-feira, choveu em apenas seis horas (260 mm) o equivalente aos últimos 30 dias (272 mm), e ainda deve chover mais.

A previsão para a cidade é de pancadas moderadas isoladas durante a tarde e a noite, e de chuva forte na quinta (17) e na sexta (18), o que dificulta ainda mais o trabalho de salvamento e coloca em risco mais casas, que podem desabar.

Como ajudar

O Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis está arrecadando alimentos, cobertores, água potável, itens de higiene pessoal e de limpeza e roupas.

. As doações podem ser entregues na rua Monsenhor Bacelar, 400, centro.

. E também em dinheiro na conta do Banco do Brasil do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (agência 2885-1 e conta corrente 127599-2). O CNPJ é 27.219.757/0001-27.

A organização comunitária SOserra também está recebendo doações via Pix (24) 99303-8885.

A Cáritas Arquidiocesana de Petrópolis está aceitando doações em dinheiro. A transferência pode ser feita para o Banco Bradesco (agência 0814-1 e conta corrente 48500-4).

Sindicatos como o dos bancários, também estão pedindo ajuda nas redes sociais e indicando números de conta onde a doação pode ser depositada.

Com informações da Agência Brasil e do G1.