Em seu programa na TVT e Rádio Brasil Atual, jornalista critica cortes de 87% em verbas
Ao anunciar cortes de até 87% no orçamento do Ministério do Esporte para 2018, o governo do “ilegítimo” Michel Temer deve confirmar mais um desmonte de política pública, desta vez um dos poucos legados olímpico do país que sediou os Jogos Pan-Americanos de 2007 e Olímpicos de 2016. A observação é do jornalista José Trajano. “Se a verba do ministério já havia caído muito este ano, no ano que vem será 87% menor. Os atletas brasileiros ficarão à míngua”, disse ele, em seu segundo dia de Papo com Zé Trajano, nesta terça-feira (19).
Ele se refere a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento do esporte que começaram a engatinhar em 2005, com a criação do programa Bolsa Atleta – o que garantiu a oito em cada dez competidores brasileiros nos Jogos do ano passado bolsas entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.
Trajano criticou ainda a decisão de hoje do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal; Por meio de liminar, Moraes suspendeu dispositivos do Estatuto do Torcedor e do programa de refinanciamento de dívidas dos clubes de futebol (Profut) que punia clubes inadimplentes com a União. “Ele legalizou o calote", fazendo menção ao seu colega Juca Kfouri, que critica ainda a forma intempestiva com que a CBF que pôr em prática o "árbitro de vídeo" já na próxima rodada do campeonato brasileiro.
O comentarista falou ainda sobre o temor de que a irresponsabilidade das autoridades leve a reproduzir na ocupação Povo sem Medo, em São Bernardo do Campo, o violento massacre a que foram submetidos moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), em janeiro de 2012. E celebrou também o retorno do America do Rio à primeira divisão do campeonato carioca em 2018. O time venceu o Audax por 2 a 0, nesta terça, garantido vaga na final da série B e o acesso.
Assista aqui aos 15 minutos do Papo com Zé Trajano: