Trava no Senado o PL da privatização dos Correios, que teve lucro recorde em 2021
Sindicato dos trabalhadores do Distrito Federal afirma que luta dos trabalhadores está surtindo efeito e convoca categoria para reforçar mobilização para derrubar de vez PL 591
Publicado: 18 Março, 2022 - 13h13 | Última modificação: 18 Março, 2022 - 13h23
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
A luta dos sindicalistas e dos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios, apoiada e com participação ativa da pela CUT, para impedir a privatização da estatal está surtindo efeito.
De acordo com nota publicada na página do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Distrito Federal (Sintect-DF), o senador Márcio Bittar (União Brasil-AC) deixou, nesta quinta-feira (17), a relatoria do Projeto de Lei (PL) nº 591, da privatização dos Correios, medida que é ruim para o país e para o povo. A saída do relator deixou o governo em uma saia justa, sem encaminhamento para votar a privatização dos Correios.
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O PL nº 591, autoriza que os serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública, que anunciou, também nesta quinta, lucro recorrente histórico de R$ 3,7 bilhões no ano passado, 101% maior do que no ano anterior.
Atualmente, o PL tramita na Comissão de Assuntos Estratégicos do Senado (CAE) sem nenhuma indicação de um novo relator.
Até o momento, no Senado, ninguém apontou que o governo vá voltar ao tema da privatização neste ano. Isto tudo só mostra a dificuldade de passar este projeto, que tem baixa aprovação da população por trazer apenas prejuízos para os trabalhadores e para a sociedade, diz a direção Sintect-DF, que convoca a categoria para reforçar as energias e a mobilização para derrubar de vez a proposta de privatização dos Correios.