Trump e a esposa estão Covid. Eles se somam aos 33,8 milhões de infectados no mundo
Após minimizar pandemia, presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e sua mulher, Melinda anunciaram que contraíram a Covid. Brasil tem 728 mortes e 36.157 novos casos em 24 horas
Publicado: 02 Outubro, 2020 - 12h15 | Última modificação: 02 Outubro, 2020 - 20h46
Escrito por: Walber Pinto
Após minimizar a importância da pandemia do novo coronavírus e não usar máscara em público e defender a Cloroquina considerada ineficaz pelas autoridades médicas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump é mais um líder mundial infectado pela Covid-19. Trump está numa lista que inclui o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (ex-PSL), o premiê britânico, Boris Johnson e a presidente interina boliviana, Jeanine Añez.
Trump, que tem 74 anos, está dentro do grupo de risco da Covid-19 devido à idade e porque é uma pessoa com sobrepeso. Sua mulher, Melania também está infectada.
O republicano, que tem ignorado todas as medidas de proteção ao vírus, inclusive desobedecendo as orientações dos médicos do próprio governo, manteve intensa agenda de viagens pelo país nas últimas semanas, em campanha eleitoral com aglomerações. Trump também participou do primeiro debate com seu rival democrata, Joe Biden, mas não manteve contato próximo com o candidato.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo até 1º de outubro há 33.842.281 de casos de COVID-19 (285.764 novos em relação ao dia anterior) e 1.010.634 mortes (5.647 novas em relação ao dia anterior).de 2020
A Covid no Brasil
O Brasil registrou mais 728 óbitos em decorrência do novo coronavírus nesta quinta-feira (1), segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Também nas últimas 24 horas foram 36 mil casos confirmados. Com essa atualização, o país acumula 4.847.092 diagnósticos da doença e 144.680 vidas perdidas pela Covid-19.
O Brasil é o terceiro país do mundo em número de casos, atrás dos Estados Unidos (7,3 milhões) e da Índia (6,3 milhões). Em relação ao número de mortos, o Brasil perde somente para os EUA, que já somam mais de 207 mil óbitos. A taxa de letalidade da doença no Brasil é de 4,1%, com mortalidade de 29,4 por cada 100 mil habitantes. A taxa de incidência é de 712,3 para cada 100 mil habitantes, que coloca o Brasil na 4ª posição do ranking mundial.
A média móvel de mortes nos últimos sete dias no país, foram 689 mortes por dia, uma redução de 12% em relação à média de duas semanas atrás – tendência, portanto, da estabilidade. É o oitavo dia seguido que o Brasil tem média móvel abaixo de 700 mortes por dia, segundo o levantamento do consórcio de imprensa.
Covid nos Estados
O estado com maior número de registros continua sendo São Paulo, que se aproxima cada vez mais de 1 milhão de casos, já são 991 mil casos da Covid-19 e 35.804 óbitos registrados.
O Rio de Janeiro contabiliza o segundo maior número de mortes em decorrência da pandemia, são 18.567. Apesar do número alto de mortes, o estado, que registrou 266.607 casos confirmados, está atrás da Bahia e de Minas Gerais, que tiveram 312.050 e 298.607 casos confirmados respectivamente.
De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta, o Sudeste concentrou 32,8% dos novos casos confirmados, ou seja, quase ⅓ do total. Já em mortes confirmadas em 24 horas, a região concentrou 47% em 24 horas.
Nesta quarta, dois aparecem com crescimento na média móvel de mortes: Roraima, com alta de 700%, e que agora tem média de cinco mortes por dia; e Rio Grande do Norte, que vinha de estabilidade e teve aumento de 16%.
Quatorze estados estão em estabilidade, com variação de até 15% para mais ou para menos: Maranhão, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, Goiás e Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
São dez os estados com queda na média móvel de mortes, além do Distrito Federal: Acre, Pará, Rondônia, Alagoas, Tocantins, Piauí, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. As maiores quedas foram registradas em Rondônia e no Pará.
Anvisa começa 1ª análise de dados de vacina contra a Covid-19
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta quinta-feira (1º) que vai começar a análise dos primeiros resultados de testes de uma vacina contra Covid-19. O processo pode acelerar o trâmite do pedido de registro da vacina.
A agência governamental recebeu da farmacêutica AstraZeneca a solicitação para analisar os estudos já produzidos e reduziu a exigência da documentação inicial e simplificou o processo para análise dos imunizantes contra o novo coronavírus, que poderão ser enviados pelas empresas de acordo com a evolução dos trabalhos e não somente todos de uma só vez.
A farmacêutica britânica está desenvolvendo a candidata à vacina contra a Covid em parceria com a Universidade de Oxford. No Brasil, o imunizante será produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).