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TSE apura ataques de Bolsonaro e aliados às eleições e suposta compra de votos

Tribunal acolheu pedido de coligação que elegeu Lula e Alckmin. “Os fatos narrados se amoldam, em tese, ao uso indevido de meios de comunicação e ao abuso de poder político”, disse o ministro Benedito Gonçalves

Publicado: 15 Dezembro, 2022 - 10h53 | Última modificação: 15 Dezembro, 2022 - 12h04

Escrito por: Redação RBA

Reprodução
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O corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, abriu nesta quarta-feira (14) inquérito para investigar os ataques às urnas e compra de votos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.

O ministro acolheu pedidos apresentados ao TSE pela coligação Brasil da Esperança, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). Na ação sobre os ataques ao sistema eleitoral, serão investigados o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu candidato a vice, o general Braga Netto, os filhos do presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Além deles, as deputadas Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF), os deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador eleito Magno Malta (PL-ES).

Uso indevido dos meios de comunicação por Bolsonaro e aliados

A investigação abrange condutas no período anterior e pós-eleitoral, com objetivo de disseminar entre os eleitores o sentimento de insegurança e descrença no sistema. E, consequentemente, atentando contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito.

A investigação cita ainda uma suposta prática de uso indevido dos meios de comunicação social e abuso de poder político.

Os ataques de Bolsonaro às urnas também estão na mira na Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão também apura a conduta do presidente no tocante às suas declarações em encontro que ele promoveu com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho.

Compra de votos às vésperas das eleições

Na outra ação, o TSE vai investigar a prática de abuso de poder político e econômico adotada por Jair Bolsonaro e Braga Netto justamente perto do período eleitoral.

O que a coligação Brasil da Esperança questiona são políticas como a antecipação da transferência do benefício do Auxílio Brasil e do Auxílio Gás; mudanças no Auxílio Brasil, antecipação de pagamento de auxílio a caminhoneiros e taxistas e programa de negociação de dívidas com a Caixa, entre outras.

“Os fatos narrados se amoldam, em tese, ao uso indevido de meios de comunicação e ao abuso de poder político, especialmente consideradas as balizas fixadas pelo TSE para a apuração desses ilícitos no caso de condutas praticadas por meio da internet”, diz Gonçalves.