Sindicatos já rejeitaram ofertas do setor de aviação. Ministro tenta intermediar acordo. Convenção foi prorrogada por duas semanas
A convenção coletiva dos aeronautas, que venceria na última sexta-feira (30), foi prorrogada até o próximo dia 14, depois de mediação feita pelo Tribunal Superior do Trabalho. O vice-presidente do TST, ministro Renato de Lacerda Paiva, deve apresentar até esta quarta-feira (5) uma proposta de acordo entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e as empresas aéreas.
"A aceitação do cronograma (proposto pelo tribunal) garante a continuidade dos serviços prestados à população e proporciona um ambiente mais tranquilo para as partes chegarem a um acordo, pois assegura a manutenção de benefícios como o passe-livre, as diárias e o auxílio-alimentação previstos na CCT (convenção coletiva de trabalho). A convenção também normatiza as escalas de trabalho dos pilotos e estabelece outras condições de trabalho", diz o TST.
No final de novembro, aeroviários (trabalhadores de aeroportos) representados por sindicatos filiados à federação cutista da categoria (Fentac-CUT) rejeitaram proposta de 3% de reajuste feita pelo Snea (sindicato patronal), que segundo as entidades pode ficar abaixo da inflação acumulada em 12 meses, até a data-base (1º de dezembro). Aeronautas (trabalhadores de bordo) também foram contra. Eles querem reajuste pelo INPC mais 2% a título de aumento real.
"O SNA mais uma vez destaca que espera que as negociações possam evoluir para que a CCT seja assinada dentro do novo prazo, garantindo a proteção necessária tanto para os tripulantes como para as empresas", afirma o sindicato dos aeronautas. A categoria fez assembleia na quinta-feira (29), quando aprovou a proposta do vice-presidente do TST. Uma nova assembleia foi marcada para quinta-feira (6).