Escrito por: Redação CUT
Além de criticar a gestão de Bolsonaro diante da maior crise sanitária do século, signatários da nota se solidarizam com sindicalistas e todos que estão protestando contra a política de morte de Bolsonaro
A União Geral dos Trabalhadores da Espanha (UGT), a CCOO (Comisiones Obreras), o partido Podemos, criado em 2014, e o movimento político e social Esquerda Unida divulgaram uma nota nesta quinta-feira (4) criticando duramente a política do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) e sua nefasta gestão da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 260 mil brasileiros e brasileiras.
Além de prestar solidariedade ao povo brasileiro, apoiar os protestos que partidos políticos de esquerda, sindicatos e uma grande parte do povo brasileiro está fazendo contra a política da morte de Bolsonaro, os sindicalistas, políticos e ativistas sociais espanhois ressaltam no texto que o impacto da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, é maior do que nos demais países do mundo e isso afeta especialmente os mais pobres que dependem mais de políticas publicas para sobreviver e de enfrentaento ao vírus.
A nota também reforça que o negacionismo do presidente, que continua divulgando informações falsas, contribui para casos como o colapso da saúde em Manaus.
“Casos como o da cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas, demonstram as graves consequências que propõe o negacionismo delirante de Bolsonaro, que continua difundindo desinformação, recomendando medicamentos não autorizados que representam um perigo para a saúde e sabotando as campanhas de pesquisa e vacinação”, diz trecho da nota.
A nota segue afirmando que o boicote do governo a grupos sociais, como os indígenas, lebou Bolsonaro a ser denunciado por genocídio e conclui que “somente à solidariedade cidadã, o compromisso dos sindicatos brasileiros, a cooperação entre estados e a ajuda exterior de alguns países, como a Venezuela, conseguiram oferecer soluções diante da situação crítica de Manaus, transferindo pacientes ou levando para cidades como Manaus o oxigênio necessário para o tratamento das pessoas afetadas pelo COVID-19”.
A nota defende uma mudança radical na gestão do Brasil, mas reconhece que, com os antecedentes do ultradireitista de Bolsonaro é dificil ocorrer uma mudança de atitude em relação as medidas sanitárias, necessárias para conter a expansão do vírus. E lembra análise do ex-presidente Lula que há alguns dias avaliou a gestão do governo Bolsonaro como “genocida”.
”Perante a difícil situação que enfrenta o Brasil, nós, as organizações signatárias, apoiamos os protestos que partidos políticos de esquerda, sindicatos e uma grande parte do povo brasileiro, mantêm contra a voluntariamente nefasta gestão de Bolsonaro no Brasil, condenando os mais vulneráveis ao contágio do vírus e, em muitos casos, a morte”, diz o trecho final da nota.
Confira aqui o texto em espanhol.