Uso do BNDES para a privatização da água e energia é criticado em ato no RJ

O ato realizado nesta quinta-feira (23) , na porta do prédio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro, promovido pela Federação Nacional dos Urbanitártios (FNU), Confederação Nacional dos Urbanitártios (CNU), sindicatos e a sociedade organizada, mostrou que a insatisfação é muito grande com os rumos tomado pela direção do Banco.

A atitude de continuar apoiando com recursos e grandes investimentos os processos de privatização do setor de saneamento, em nada coaduna com as posições do presidente de Lula, que sempre se colocou contra a venda do patrimônio público, especialmente em áreas estratégicas para o país.

O presidente da FNU, Pedro Damásio, foi direto em seu discurso durante o ato. “Esse ato pacífico de hoje é para alertar o governo, em especial, o BNDES, que ele deve financiar as empresas públicas de saneamento e de energia. Não se pode pegar dinheiro público e entregar ao capital privado, que exclui milhares de pessoas destes serviços em busca do lucro, e até contraditório em um governo popular. O povo brasileiro merece água e energia de qualidade”, alertou.

Para o presidente da CNU, Paulo de Tarso, a herança do governo do inelegível ainda resiste dentro do BNDES. “É uma aberração constatar que a política privatista do governo anterior continua dando as cartas. É importante lembrar que um banco público não deve ser usado como agente para que acionistas privados fiquem a cada dia mais ricos. Não concordamos com isso, portanto, a CNU e demais entidades sindicais, estão aqui hoje para protestar contra essa política realizada em um governo popular”, disse.

Ao final do ato, uma comissão formada pela FNU, CNU, Fenatema e mais algumas direções sindicais foi recebida pela direção do BNDES para debater sobre o tema.