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Valor do mínimo de R$ 1.302 será mantido até maio, diz ministro do Trabalho

Segundo Luiz Marinho, esse é prazo necessário para que o governo e as centrais sindicais cheguem a um acordo sobre as formas de valorizar o piso nacional

Publicado: 18 Janeiro, 2023 - 15h51 | Última modificação: 18 Janeiro, 2023 - 16h38

Escrito por: Rosely Rocha | Editado por: Marize Muniz

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro do Trabalho Luiz Marinho disse na reunião com o presidente Lula (PT), representantes da CUT e mais nove centrais sindicais, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quarta-feira (18), que o salário mínimo no valor de R$ 1.302 será mantido até o mês de maio. Segundo ele, esse é prazo necessário para que o governo e as centrais sindicais cheguem a um acordo sobre as formas de valorizar o piso nacional.

“É preciso ter consciência que esta valorização do salário mínimo será feita pelo conjunto de governo com os ministérios do Planejamento, da Fazenda, da Casa Civil, da Indústria e Previdência, que estão presentes no está grupo de trabalho”, disse Marinho.

Segundo ele, é preciso respeitar a previsibilidade da  economia porque é importante para o empresariado, os prefeitos, os governadores e para o governo federal.

“Esse é o processo que nós vamos construir porque nós já fizemos uma vez e sabemos que é plenamente possível fazer de novo”, disse Marinho.

“A orientação do presidente Lula”, prosseguiu o ministro, “é não ter ‘canetaço’, é ter construção, entendimento e não tem imposição de governo no campo das relações do trabalho”.

“Nós vamos construir entendimentos e consensos de forma que a gente possa fortalecer o trabalho, a classe trabalhadora e, acima de tudo, retomar o processo vigoroso de geração de emprego, de oportunidade”, concluiu o ministro do Trabalho.

Trabalhadores de aplicativo

O ministro do Trabalho comparou a situação de trabalhadores de aplicativos com a de escravos. 

“Nós acompanhamos a angústia dos trabalhadores de aplicativos, que muitas vezes têm que trabalhar 14h, 16h por dia para poder levar pão e leite para casa. Isso, no meu conceito de trabalho, beira o trabalho escravo", disse Marinho.

Na terça-feira (17), motoentregadores tiveram a primeira reunião com o governo federal, representado pelo secretário de economia solidária do Ministério do Trabalho e Emprego,  Gilberto Carvalho. Segundo o presidente da Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), Edgar Francisco da Silva, o governo reconheceu a necessidade de legitimar os entregadores na discussão de regras para os aplicativos.

A paralisação entregadores programada para o próximo dia 25 foi supensa.