Vamos ressuscitar o Brasil com Lula, diz presidente da CUT , Sérgio Nobre
Presidente da CUT Nacional, Sergio Nobre, afirma que reconduzir Lula à presidência para reconstruir o Brasil é a maior tarefa de nossas vidas. Ex-presidente falará aos trabalhadores ainda hoje em São Paulo
Publicado: 01 Maio, 2022 - 14h26 | Última modificação: 03 Maio, 2022 - 15h58
Escrito por: Rosely Rocha / Walber Pinto | Editado por: Marize Muniz
Depois de dois anos com comemorações do 1º de Maio virtuais, o Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, neste domingo, voltou às ruas num evento de unidade das centrais sindicais. No ato por “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, em São Paulo, na Praça Charles Miller, Pacaembu, zona oeste da capital paulista, sindicalistas e políticos defenderam a unidade sindical, pediram “Fora, Bolsonaro” e apoiaram a pré-candidatura do ex-presidente Lula (PT), à presidência da República para resgatar direitos, para levar o país novamente rumo ao desenvolvimento econômico com justiça social e distribuição de renda, emprego decente e políticas públicas que melhorem a vida do povo.
Antes de subir ao palco , junto com os demais presidentes das centrais sindicais, o presidente da CUT Nacional Sérgio Nobre, alertou que a maior tarefa da nossas vidas é derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de outubro deste ano, para ressuscitar o Brasil.
“Este governo matou o Brasil e o povo brasileiro tem a tarefa de eleger novamente o presidente Lula, com todo respeito aos demais candidatos, mas a única candidatura que tem condições de derrotar Bolsonaro é o Lula. E ele não vai estar sozinho nessa tarefa, nós estaremos ao seu lado para reconstruir o Brasil”, afirmou Nobre.
O pré-candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), presente ao ato, declarou apoio à luta dos trabalhadores e trabalhadores e defendeu os direitos de organização sindical atacados pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP) e aprofundados por Bolsonaro que a todo custo quer acabar com todo e qualquer direito trabalhista.
“O atual governo não negocia com os trabalhadores organizados. Aliás, ele luta para desorganizar e, com isso as grandes empresas estão aumentando suas margens de lucro não às custas de tecnologia e produtividade, mas às custas do salário que vem diminuindo e isso não é bom”, afirmou.
Haddad criticou ainda parte do empresariado que está míope acreditando que esse sistema econômico vai perdurar para o bem deles. Um engano brutal.
“Quando você ganha às custas do outro, com salário em queda, a economia não se mexe, fica estagnada o que que o Lula nos ensinou como presidente é que para a economia crescer todo mundo precisa ganhar e o dever das centrais sindicais é explicar para o trabalhador porque os empresários estão ganhando e o trabalhador não”.
Representando o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos considerou este 1º de Maio um chamado para a luta. Segundo ele, é preciso entender o que está em jogo este ano.
“Já tivemos muitas eleições, umas ganhamos outras perdemos, mas o que está em jogo neste ano de 2022 é uma virada histórica no Brasil. Eu espero de verdade que seja o último com este genocida [Bolsonaro] na presidência da República paraq que possamos resgatar a esperança e os direitos sociais revogados neste retrocesso. Esse ano é um chamado a luta”, afirmou Boulos.
Para ele, o povo brasileiro está disposto e preparado para fazer uma mudança não só no palácio do Planalto, colocando Lula na presidência como mudar o o Congresso Nacional.
“Precisamos tirar o poder do Centrão, por que essa turma hoje manda no país. Lira [presidente da Câmara] age como primeiro-ministro do Brasil, controlando o orçamento da União. Já passou da hora da gente ter uma bancada popular dos trabalhadores, do movimento sem teto e sem terra com muita força na Câmara Federal”, concluiu Boulos.
O representante do Movimento Sem Terra (MST) Gilmar Mauro destacou que apesar da atual conjuntura política, a união dos partidos progressistas mostra que estamos bem melhor do que estivemos há dois anos.
“A unidade construída tanto no movimento sindical quanto nos partidos progressistas, pelo menos a maioria deles, aponta para um cenário de unificação e uma compreensão da dimensão na conjuntura nesse momento de perigo. Mas eu estou otimista, apesar dos desafios. É preciso dialogar fora das bolhas da esquerda e para isso, é preciso ter muita cabeça fria, mas o coração ardente. Fé nas ruas e os dedos no zap”, afirmou Gilmar.
O presidente Lula é aguardado no evento. E os presidentes e representantes das demais centrais, Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) , Nova Central Sindical dos Trabalhadores (CST), Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública Central do Servidor, também participam do ato e irão discursar.
O Ato do Dia do Trabalhador continua na Praça Charles Muller. Até às 14 horas se apresentaram diversos artistas, entre eles, Dexter. Ainda vão se apresentar Lecy Brandão e a cantora Daniela Mercury, entre outros.