Escrito por: Redação CUT
Presidente do SindMetal vai denunciar a tragédia anunciada na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. Ele diz que empresa não paga adicional de periculosidade e insalubridade porque sabe dos riscos
Trabalhadores e trabalhadoras passaram mal na manhã desta quarta-feira (24) após o vazamento de produtos químicos de um taque da empresa Lear Corporaton, que funciona dentro do Polo Automotivo da Jeep, no município de Goiana, na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (SindMetal-PE), os empregados tiveram que sair imediatamente da área atingida para não continuar inalando o produto.
Ainda de acordo com o SindMetal-PE, as trabalhadoras foram as mais prejudicadas, algumas chegaram a vomitar e foram socorridas por ambulâncias e encaminhadas para o ambulatório. Outros trabalhadores foram encaminhados para o refeitório e usaram máscaras de gás para tentar minimizar o estrago ocorrido pelo vazamento do produto químico.
“Foi uma manhã de pânico e inquietação”, diz nota do SindMetal-PE.
O presidente do sindicato, Henrique Gomes, afirmou que vai denunciar o acidente formalmente na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, que faz parte do Ministério da Economia. O sindicato vai exigir fiscalização no local onde aconteceu o vazamento do tanque e, também, em todas as áreas atingidas.
“E sabe o porquê?”, questiona Henrique, para logo em seguida responder: “Porque a empresa Lear não paga o adicional de periculosidade ou insalubridade devido ao risco inerente como foi visto no dia de hoje”.
Por meio de nota, o SindMetal manifestou “solidariedade e apoio aos companheiros e companheiras da Lear Corporation”.