MENU

Veja os 50 produtos que mais subiram de janeiro de 2020 a setembro de 2022

Comer continua muito caro no país. O arroz acumula alta de 47,2% de 2020 até agora, o feijão de 33,3% e a cebola de 121,7%. A deflação só atingiu a gasolina

Publicado: 24 Outubro, 2022 - 10h00 | Última modificação: 24 Outubro, 2022 - 18h56

Escrito por: Marize Muniz

Roberto Parizotti/Dolphin di Luna
notice

Nos últimos três meses, o governo de Jair Bolsonaro (PL) comemorou taxas de deflação (quedas de preços), mas o que mais caiu foi o preço da gasolina. Os alimentos e o gás de cozinha, entre outros produtos básicos para as famílias brasileiras, continuam subindo ou caindo muito pouco em relação a inflação acumulada desde janeiro de 2020, como mostra a lista dos 50 produtos que mais subiram desde janeiro de 2020 feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Os trabalhadores de menor renda, que gastam quase todo o salário comprando alimentos, não sentiram a deflação dos meses de julho agosto e setembro, até mesmo porque, de janeiro de 2020 a setembro deste ano, enquanto a inflação disparava, o rendimento médio real do trabalhador encolhia (-4,27%).

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de -0,29%, em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%), segundo o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), mas essas quedas não aliviaram a vida do trabalhador que ganha menos que não consomem gasolina e sofrem com o aumentos anteriores de quase todos os produtos, como alimentos em especial.

Alimentos básicos e essenciais na cesta dos brasileiros subiram muito, alguns continuam subindo, outros caíram pouco, mas todos continuam com uma taxa acumulada de inflação altíssima, explica o técnico do Dieese, Leandro Horie.

Ele cita o arroz, que caiu um pouco (-1,2%), mas acumula alta de 47,2% até agora. E o  feijão, que registra alta de 50,5% no primeiro semestre do ano passado, caiu 11,4% até setembro deste ano e ainda acumula 33,3% de alta em relação a 2020.

Confira a lista dos produtos que mais subiram desde 2020 

ProdutosJaneiro 2020 a junho 20222022 - julho a setembroVariação líquida no período
Índice geral21,3%-1,3%19,7%
Abobrinha146,8%-24,7%85,8%
Acém35,2%-0,4%34,7%
Açúcar cristal81,1%-3,1%75,5%
Alface87,5%-14,1%61,1%
Arroz48,9%-1,2%47,2%
Azeite de oliva31,8%-0,4%31,3%
Banana - d'água21,7%24,3%51,3%
Banana - prata42,4%13,4%61,5%
Batata-inglesa101,1%-22,9%55,0%
Biscoito31,4%5,6%38,7%
Café moído85,9%-0,9%84,2%
Cebola100,7%10,4%121,7%
Cenoura102,6%-24,9%52,0%
Chocolate e achocolatado em pó30,4%4,1%35,7%
Contrafilé32,4%-2,0%29,8%
Costela44,6%-1,6%42,3%
Couve52,9%-14,0%31,4%
Cupim46,8%1,8%49,6%
Etanol58,7%-29,1%12,4%
Farinha de mandioca33,1%6,9%42,3%
Farinha de trigo64,0%6,0%73,9%
Feijão - carioca (rajado)50,5%-11,4%33,3%
Feijão - macáçar (fradinho)89,5%-4,3%81,4%
Fígado46,1%-2,3%42,8%
Frango em pedaços49,8%4,6%56,6%
Frango inteiro43,9%2,1%46,9%
Fubá de milho54,4%1,2%56,2%
Gás de botijão60,8%0,5%61,6%
Gás encanado43,1%0,4%43,6%
Gás veicular73,0%-7,9%59,4%
Gasolina59,1%-31,5%8,9%
Iogurte e bebidas lácteas32,8%4,1%38,2%
Lagarto comum37,6%-3,0%33,5%
Lagarto redondo30,9%0,3%31,3%
Leite condensado33,1%17,2%56,0%
Leite em pó36,1%11,7%52,0%
Leite longa vida73,2%6,3%84,2%
Linguiça38,9%-0,5%38,2%
Maçã36,2%11,2%51,5%
Macarrão31,5%3,5%36,0%
Mamão102,3%3,2%108,8%
Mandioca (aipim)77,3%-5,7%67,2%
Manga86,7%-12,5%63,4%
Manteiga27,2%10,1%40,0%
Margarina52,6%5,1%60,4%
Melancia43,2%7,6%54,1%
Melão123,7%5,9%137,0%
Morango134,0%-41,0%38,0%
Músculo45,6%-0,8%44,5%
Óleo de soja158,4%-13,6%123,2%