Vendas no comércio acompanham atividade da indústria e têm queda em novembro
Volume cresceu em relação a 2021 por causa do setor de combustíveis, mas não foi o suficiente para evitar a queda
Publicado: 11 Janeiro, 2023 - 15h49 | Última modificação: 11 Janeiro, 2023 - 15h56
Escrito por: RBA
O comércio varejista ficou no campo negativo em novembro e pode fechar 2022 em queda. Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11), as vendas no comércio caíram 0,6% de outubro para novembro. Na comparação com igual mês de 2021, o volume cresce 1,5%, devido basicamente à venda de combustíveis no período. O acumulado chega a 1,1% no ano e a 0,6% em 12 meses.
Já o chamado varejo ampliado, que inclui veículos, motos e peças, além de material de construção, caiu também 0,6% no mês e 1,4% ante novembro do ano anterior. Soma -0,6% no ano e -0,8% em 12 meses.
No mesmo nível de junho.De acordo com o IBGE, a queda mensal nas vendas do comércio foi a primeira desde junho. “Com isso, o varejo brasileiro se situa, em novembro, no mesmo patamar que junho de 2022, e 3,6% abaixo do recorde da série, ocorrido em outubro de 2020”, informa o instituto.
No mês, caíram as vendas de combustíveis e lubrificantes (-5,4%), material de escritório e informática (-3,4%, tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), entre outros setores. O que abrange hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 0,2%. Em alta, artigos farmacêuticos e médicos (1,7%) e móveis e eletrodomésticos (2,2%).
A queda no nível de venda do comércio varejista acompanha a da produção industrial que patinou em novembro, com variação de -0,1%, segundo informou o IBGE. Na comparação com igual mês de 2021, a atividade sobe 0,9%, de forma bem menos intensa do que em outubro. Agora, a produção brasileira acumula queda de 0,6% no ano e de 1% em 12 meses.
Altos e baixos
O comércio varejista na comparação com novembro de 2021, com a momentânea redução de preços o setor de combustíveis e lubrificantes mostra forte alta: 27,3%. Com isso, teve influência de dois pontos percentuais. Ou seja, foi responsável por todo o resultado interanual (1,5%). Também crescem artigos farmacêuticos e médios (6,5%), móveis e eletrodomésticos (3%), hiper/supermercados (2,7%). O segmento de tecidos, vestuário e calçados registra queda de 16,1%. No ampliado, veículos/motos e peças cai 5,5% e material de construção recua 10,9%.
No acumulado do ano, até novembro, hiper/supermercados sobe 1,2% e combustíveis/lubrificantes cresce 16%. Móveis e eletrodomésticos tem queda de 7,5%, veículos/motos/peças cai 1,8% e material de construção recua 8,9%.