“Vendo tanta gente em apoio ao Lula, como poderia ficar de fora?”
Marisa Prado, 61 anos, contou ao Portal CUT que, mesmo morando distante, visita sempre o acampamento para levar doações e se unir à luta por Lula livre. "Minhas esperanças voltaram, vamos lutar juntos", diz
Publicado: 21 Abril, 2018 - 13h24 | Última modificação: 21 Abril, 2018 - 14h05
Escrito por: Denise Veiga, especial para o Portal CUT
Nos últimos 15 dias, o Acampamento Lula Livre, por onde já passaram mais de 13 mil pessoas do Brasil inteiro, não para de receber apoio e solidariedade. Os moradores de Curitiba, em especial, têm proporcionado todo o suporte possível para garantir as doações, infraestrutura e até mesmo a segurança dos militantes acampados nos arredores da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula é mantido como preso político desde o dia 7 de abril.
É o caso da corretora de seguros Marisa Prado, 61 anos, moradora da região metropolitana de Curitiba há 12 anos. Assim como outras pessoas de diversas localidades do Paraná, Marisa faz doações diárias ao acampamento.
“Eu venho, moro distante, na região metropolitana de Curitiba, mas venho. Chego aqui, pergunto o que precisam e, na medida do que posso, eu trago”, explica.
“Estamos fazendo a nossa parte para ajudar a libertar Lula, um preso político, ou, como preferirem, um preso sem provas”, diz.
Marisa conta que estava quase perdendo a esperança ao ver tanta barbaridade contra a população brasileira, como o aumento da miséria, do desemprego, da intolerância e o fim de políticas públicas importantes, em especial para a população mais pobre do país. “Mas, agora, vendo tanta gente em apoio ao Lula, como poderia ficar de fora? Minhas esperanças voltaram. Vamos lutar juntos!”.
Para a Marisa, era visível o aumento da qualidade de vida e do poder aquisitivo dos brasileiros nos governos Lula e Dilma. “Além disso, a sensação de segurança e felicidade era notória. Bastava observar o povo lotando as rodoviárias, aeroportos e rodovias”, lembra.
“O pobre passou a ter a oportunidade de comprar seu carro próprio, casa própria, enfim, vivíamos um país em expansão. Eu, particularmente, tive a oportunidade de viajar para vários países. Na Europa, por exemplo, quando estive lá e comentava que era do Brasil, eles diziam Lula, Lula”, conclui Marisa, emocionada.
Campanha de arrecadação
Quem não é de Curitiba e tem dificuldade para se deslocar à capital paranaense também pode ajudar com doações ao acampamento por meio da plataforma ‘Apoie Vigília Lula Livre’, lançada pelo PT em conjunto com demais movimentos sindicais e populares.
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