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Venezuela derrota tentativa de golpe incitada por Guaidó, diz ministro da Defesa

Segundo ministro da Defesa, classifica de "minúscula" tentativa promovida por militares de baixa patente. Manifestação popular anti-golpe cerca o Palácio Miraflores

Publicado: 30 Abril, 2019 - 17h36

Escrito por: Redação RBA

Divulgação
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O tentativa de golpe contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se tratou de um levante que reuniu cerca de 50 soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), liderados por Juan Guaidó, que se autodeclara presidente, e já foi controlado pela Força Armada Nacional Bolivariana (Fanb).

Segundo o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, a tentativa de golpe militar de Guaidó e seu seguidores foi "abortada". Esse grupo de soldados da GNB se sublevou próximo à base militar de Carlota, mas, segundo Padrino, esta encontra-se sob controle do governo. O grupo "minúsculo" foi 80% esvaziado. O ministro conclamou a Força Armada a cumprir seu papel constitucional e histórico de defesa da Pátria.

Padrino falou em "sequestro" de alguns veículos e munição da Fanb, apontando "armas de guerra" contra a autoestrada nos arredores da base, mas classificou a ação golpista de uma "magnitude medíocre". "É parte de uma conduta mitômana, de engano, para confundir e levar ao desastre, ao caos e à morte", destacou Padrino, que também classificou o ato como "terrorista".

Enquanto o ministro da Defesa se pronunciava em cadeia nacional, milhares de manifestantes e militantes bolivarianos já cercavam o Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano, para rechaçar a tentativa de golpe e apoiar Maduro.

O jornalista equatoriano Amauri Chamorro, que se encontra em Caracas e acompanha a situação no país, afirma que não há nenhum militar importante, nenhum batalhão e nenhuma base sublevada. "Não há nem houve nada perto de um golpe de estado aqui na Venezuela."

Segundo o integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) Edson Bagnara, que está na Venezuela, mais do que a força real, o movimento golpista de Guaidó se apoia na força midiática. "Tentaram fazer um levante, mas o movimento esvaziou. Algumas pessoas estão aderindo, mas são poucas. Não há força para o movimento seguir em frente."

Ele alega que o movimento golpista, apoiado pelos Estados Unidos, não vai arrefecer, porque continua interessados nas reservas de petróleo, gás natural, ouro e água da Venezuela. "Os EUA não desistem do plano de tentar tomar o Estado venezuelano. Acredito que as forças revolucionárias e as próprias Forças Armadas, com exceção de um ou outro pequeno grupo, não vão se levantar contra e o governo segue tendo hegemonia."

Durante a sublevação, o militares simpáticos a Guaidó "libertaram" o ex-líder da oposição venezuelana Leopoldo López, que cumpria pena de 13 anos de prisão domiciliar, acusado de incitação à violência. López então se uniu a Guaidó na convocação de protestos populares que contam com baixa adesão até o momento.