Escrito por: Vitor Nuzzi, da RBA
“A esperança de Lula não está só nos brasileiros. É a nossa esperança para retomar os direitos”, diz o secretário-geral da Central Sindical das Américas (CSA), Rafael Freire
“Este é um 1° de Maio demarcador”, afirma o secretário-geral da Central Sindical das Américas (CSA), Rafael Freire, no ato realizado na Praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Para ele, a vitória de Lula nas eleições de outubro significa a possibilidade de um reequilíbrio democrático em toda a região da América Latina.
“Quando tivemos o golpe no Brasil (referindo-se a 2016), a direita se organizou na região. A esperança de Lula não está só nos brasileiros. É a nossa esperança para retomar os direitos.” Rafael avalia que a ofensiva conservadora, aqui e em outros países, tem a ver com a questão geopolítica. “Nós éramos a única região no mundo que poderia construir algo no pós-neoliberalismo.”
O dirigente da CSA acredita a sociedade ainda terá que conviver com um período de violência. “Acho que vai ser uma recomposição muito longa. A única forma de superar isso é ter democracia com justiça social, reconstruir o tecido social. Só uma cultura democrática pode conter a extrema direita.”Para ele, existe inclusive o risco de o atual presidente contestar o resultado, a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos. “Se lá tiveram a ousadia de invadir o Capitólio, imagine no Brasil, onde não há respeito as relações democráticas”, diz Rafael.