Escrito por: Marize Muniz

Vitória dos trabalhadores: Temer adia votação da Previdência

“A nossa palavra de ordem continua a mesma: se botar pra votar, o Brasil vai parar”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas

CUT Nacional/Edson Rimonatto

A pressão do movimento sindical contra a aprovação da Reforma da Previdência obrigou o governo a recuar e retirar da pauta da Câmara dos Deputados a nova proposta de desmonte da aposentadoria, que deveria ser colocada em votação no próximo dia 6.

Esta é, sem dúvida, uma importante vitória da CUT e das demais centrais sindicais. Mas ainda não é definitiva. E, por isso, a greve do dia 5 foi adiada, mas mobilização continua. A  orientação da direção da CUT para os sindicatos, federações, confederações e toda a base permanece a mesma: manter a mobilização e o estado de vigilância, fazer pressão nos aeroportos, em todos os eventos onde um deputado ou senador estiver presente, além de pressionar nas bases de cada parlamentar.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, lembra ainda que precisamos continuar usando o site NA PRESSÃO para mandar recados por WhatsApp e e-mail, além de preparar os trabalhadores e as trabalhadoras para a greve que será marcada assim que a Câmara dos Deputados colocar a reforma na pauta.

“A nossa palavra de ordem continua a mesma: se botar pra votar, o Brasil vai parar”, diz o dirigente.

A mobilização é fundamental para pressionar os deputados, a maioria, de olho na reeleição de 2018, acrescenta Vagner, que alerta: “O governo Temer continua trabalhando para conseguir os 308 votos necessários para aprovar a  Reforma da Previdência, medida rejeitada por 85% dos brasileiros, como apontou a última pesquisa CUT-Vox Populi, o que é inaceitável”.

Para o secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, “o adiamento da votação é  uma vitória, mas parcial. Eles podem colocar a proposta em votação já na semana de 11 a 15 de dezembro e temos de estar preparados para isso”.

“Vamos continuar mobilizados, pressionando os parlamentares e preparando os trabalhadores e as trabalhadoras para a greve. A luta continua”, conclui Vagner.

Mesmo gastando mais de R$ 171 milhões em propaganda, fora os custos com os jantares para convencer deputados, o golpista e ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) não conseguiu a quantidade de votos favoráveis necessários para aprovar  o fim da aposentaria, lembra Vagner. "As milhares de mobilizações que fizemos nos municipios, estados e aeroportos impediu que ele conseguisse os votos necessários para aprovar o fim da Previdência." 

Vagner alerta que é fundamental fortalecer as mobilizações em todo o país, em especial as que estvam previstas e forem possíveis no dia 5 para que possamos enterrar de vez essa reforma.