Escrito por: CUT-RS

Votação do Plebiscito Popular sobre Privatizações no RS começa neste sábado

Consulta é uma iniciativa construída democraticamente com a participação da CUT, demais centrais, federações e sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais e partidos de esquerda

Comitê Estadual do Plebiscito Popular

A primavera da democracia está começando. Após um período de debates e organização de comitês municipais e regionais, terá início neste sábado (16) a votação do Plebiscito Popular sobre as Privatizações no Rio Grande do Sul. Cada gaúcho e gaúcha poderá se manifestar em cédulas e depositar o seu voto em urnas coletoras ou então se cadastrar e votar pela internet. O prazo vai até o próximo dia 24.

A consulta é uma iniciativa construída democraticamente com a participação de centrais, federações e sindicatos de trabalhadores, movimentos sociais e partidos de esquerda. Não tem valor legal, mas tem grande importância política, pois é uma forma concreta de ouvir a população e conhecer a sua opinião sobre a entrega ou não do patrimônio público.

A proposta surgiu em reuniões da CUT-RS, durante o processo de tramitação e aprovação de uma emenda constitucional na Assembleia Legislativa, que retirou a obrigatoriedade de fazer um plebiscito sobre a privatização do Banrisul, da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs).

A PEC 280 foi aprovada pelos deputados da base aliada do governador Eduardo Leite (PSDB), que já encaminhou projeto para autorizar a venda da Corsan e foi igualmente aprovada. Antes disso, o governo tucano já tinha acabado com o plebiscito para a venda da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e Sulgás.

O vice-presidente da CUT-RS e um dos coordenadores do Plebiscito Popular, Everton Gimenis, conta que comitês regionais foram montados nos 27 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) e nas principais cidades de cada região. Houve várias audiências públicas em câmara municipais, além de reuniões organizativas. Também foram distribuídos panfletos e um gibi sobre o outro lado das privatizações.

“Agora estamos na reta final, onde os comitês estão fazendo a divulgação do plebiscito, falando o que está em jogo e mapeando os locais que serão pontos de votação. Além dos locais fixos, também teremos urnas itinerantes nas comunidades, nos bairros, em praças, na frente de colégios, nas portas de fábricas. Tudo para que a gente possa dar ao maior número de pessoas a chance de expressar a sua opinião sobre as privatizações”, apontou.

Confira aqui a íntegra da matéria e saiba como votar